O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quinta-feira (21) que policiais e socorristas que se recusarem a vacinar contra a Covid-19 deveriam ficar em casa e que poderiam ser demitidos.
O democrata expressou sua opinião em um Town Hall, espécie de sabatina transmitida pela televisão americana, quando foi perguntado sobre o assunto pelo mediador, o jornalista Anderson Cooper.
“Policiais e socorristas devem ser obrigados a tomar vacinas e, se não, devem ficar em casa ou ser dispensados?”, questionou Cooper, âncora da emissora americana CNN.
“Sim e sim”, respondeu Biden.
"Esperei até julho para falar sobre a obrigatoriedade. Tentei de tudo. Mas a obrigatoriedade está funcionando", ponderou o presidente.
Além disso, o mandatário americano afirmou que há dois pontos principais sobre a discussão das vacinas obrigatórias que o preocupam.
“Um, são aqueles que apenas tentam fazer disso uma questão política”, disse Biden. “O segundo é a desinformação grosseira que está por aí”.
Mais de 700 mil mortos
Há duas semanas, quando os EUA chegaram a mais 700 mil vítimas da Covid, Biden fez um apelo para que mais americanos se vacinem.
O americano disse também que mais empresas privadas do país deveriam obrigar seus funcionários a receberem a vacina contra a Covid-19.
Os EUA começaram muito rapidamente a distribuição das vacinas, ainda no primeiro semestre deste ano, mas entre maio e agosto o ritmo estagnou.
O total de pessoas completamente imunizadas no país não chega a 60% e muitas pessoas ainda se recusam a vacinar, mesmo diante de tantos dados comprovando a eficácia dos imunizantes.
Funcionários públicos já são obrigados
No mês passado, Biden ordenou que todos os trabalhadores federais e contratados pelo governo sejam vacinados.
O governo americano emprega cerca de 2 milhões de servidores públicos, que estarão sujeitos a esta nova normativa.
Além disso, empresas privadas com 100 ou mais trabalhadores têm que exigir que seus funcionários sejam vacinados até 8 de dezembro, ou então que sejam testados semanalmente.
Essa ordem envolve 100 milhões de pessoas, cerca de dois terços da força de trabalho no país.
g1
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