A China anunciou nesta sexta-feira (4) que vai impor tarifas de 34% sobre todos os produtos importados dos Estados Unidos.
A medida é uma retaliação ao "tarifaço" anunciado na quarta-feira (2) pelo presidente dos EUA, Donald Trump. A porcentagem anunciada por Pequim é a mesma que Washington passará a aplicar sobre produtos chineses.
O ministro das Finanças da China, que anunciou o pacote de tarifas nesta sexta, disse que a nova taxa passará a valer a partir da próxima quinta-feira (10).
As tarifas anunciadas por Trump sobre produtos de diversos países de todo o mundo repercutem negativamente pelos mercados globais. Os anúncios da China, nesse sentido, pesam ainda mais sobre as bolsas de valores, porque investidores temem os efeitos econômicos de uma guerra comercial. (veja mais detalhes abaixo)
As bolsas asiáticas fecharam em quedas ainda mais acentuadas que as registradas na véspera, enquanto a Europa se encaminha para o mesmo desfecho, com baixas generalizadas na casa dos 6%.
O governo chinês também anunciou que vai impor controles sobre a exportação de terras raras para os EUA — um conjunto de matérias-primas que são difíceis de encontrar pelo mundo, mas são a base para a produção de muitos produtos tecnológicos, como chips para celulares, computadores e cartões.
Alguns dos materiais que terão sua exportação controlada pelo governo são samário, gadolínio, térbio, disprósio, lutécio, escândio e ítrio. Essas restrições já começam a valer nesta sexta.
"O objetivo da implementação do governo chinês de controles de exportação sobre itens relevantes de acordo com a lei é proteger melhor a segurança e os interesses nacionais e cumprir obrigações internacionais como a não proliferação", disse o Ministério do Comércio em um comunicado.
Ainda, a imprensa estatal chinesa afirma que o governo colocou 11 empresas americanas na lista de entidades não confiáveis do país, alegando que essas cooperaram militar e tecnologicamente com Taiwan, "prejudicando seriamente a soberania nacional, a segurança e os interesses de desenvolvimento da China".
Agora, essas empresas estão proibidas de se envolver em atividades de importação e exportação e de investirem na China.
Mercado segue reagindo mal
O mercado estrangeiro recebeu o anúncio do governo Trump de forma negativa porque tarifas maiores sobre a grande maioria dos produtos que chegam aos EUA devem encarecer, além de produtos finais, uma série de insumos para a produção de bens e serviços no país.
Especialistas avaliam que esse encarecimento deve pressionar a inflação e diminuir o consumo, o que pode provocar uma desaceleração ou até recessão da atividade econômica da maior economia do mundo.
Além disso, as respostas de outros países, como a China, com ameaças ou anúncios de taxas sobre os EUA, também geram uma cautela ainda maior sobre os efeitos de uma guerra comercial.
Se outros países também colocam tarifas, a inflação desses lugares também pode subir e a atividade desacelerar. Há temores de que a guerra de tarifas diminua a demanda global por bens e serviços.
? As bolsas de valores:
Nos EUA, os mercados amanheceram mais uma vez com quedas expressivas, que rodam perto dos 3%.
Na Europa, os principais índices despencam. Por volta, das 10h45, o índice Euro Stoxx 50, que reúne ações de 50 das principais empresas da Europa, tinha queda de 3,98%.
Na Ásia, os mercados fecharam em baixa.
Veja o desempenho das principais bolsas dos EUA, por volta das 10h45:
Veja o desempenho das principais bolsas da União Europeia, por volta das 10h45:
Fora do bloco, o Reino Unido também enfrenta um pregão negativo. O principal índice acionário do país, o FTSE 100, caía 3,97%. Trump impôs tarifas de 10% sobre os produtos vindos de lá.
Já o índice SMI, da Suíça, país sobre o qual Trump decretou tarifas de 31%, tinha uma queda ainda mais expressiva, de 4,32%.
A Ásia também teve um pregão de queda por toda parte. Os países do continente foram alguns dos mais afetados pelas tarifas de Trump.
Veja o desempenho das principais bolsas asiáticas:
A China, segunda maior economia do mundo, terá seus produtos tarifados em 34%. Vietnã, Bangladesh e Tailândia, por exemplo, receberam taxas de 46%, 37% e 36%, respectivamente. Coreia do Sul e Japão terão tarifas de 25% e 24%.
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Usar ferramentas inovadoras de tecnologia para impulsionar o turismo no Nordeste é o objetivo do Programa Destino Futuro, lançado nesta sexta-feira (4) no Recife. A iniciativa vai conectar startups e empresas de inovação a micro, pequenas e médias empresas do setor turístico para buscar soluções a problemas enfrentados na atividade.
Realizado conjuntamente pela Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e o Porto Digital, o programa vai investir cerca de R$ 3 milhões no desenvolvimento de soluções. As inscrições para o programa estarão abertas até o dia 5 de maio e os candidatos podem se inscrever gratuitamente no site da EmbraturLab.
A ação abrange os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, onde a Sudene também atua. A intenção é dar maior tração para o trade turístico, um importante indutor do desenvolvimento no país, com foco na modernização, competitividade e no desenvolvimento de soluções tecnológicas sustentáveis nas atividades do mercado de turismo.
“A pauta do turismo para o desenvolvimento do Nordeste é estratégica e estruturante. A gente tem, a partir do avanço da atividade turística na nossa região, um conjunto de oportunidades. Temos o turismo como eixo estratégico, sobretudo para a geração de emprego, pela capilaridade que representa o setor. Estamos falando aqui para uma cadeia produtiva bastante intensa, que envolve hotéis, o turismo de lazer, de prestação de serviço, entre outros”, disse o superintendente da Sudene Danilo Cabral à Agência Brasil.
Cabral explicou que o programa foi desenvolvido a partir de demandas dos estados e também de representantes do setor de turismo. Dados do Ministério do Turismo mostram que o setor gerou mais de 400 mil empregos com carteira assinada em todo o país.
Em especial, no Nordeste, os empreendimentos do setor turístico na região aumentaram 52% ao longo dos três últimos anos. Para o diretor de Gestão e Inovação da Embratur, Roberto Gevaerd, esse cenário evidencia a guinada na atuação da empresa, que passou a desenvolver o fomento de políticas públicas para o turismo, a partir da análise de dados e da inovação. Um exemplo é a EmbraturLabs, laboratório de inovação da Embratur.
“O Nordeste sempre foi um lugar central e muito mobilizado. Todos os estados têm feito uma política muito importante de investimento e melhoria do turismo para a atração de turistas internacionais. E não tem como pensar nenhuma ação no Nordeste sem pensar na Sudene. Então, acho que nasce dessa triangulação também com o Porto Digital, que é um parceiro-referência em investimentos em tecnologia, em relação com as startups e novas soluções, disse Gevaerd.
Segundo o diretor de Gestão, o programa fortalece o papel da Embratur na prospecção e adoção de tendências inovadoras. Entre os principais resultados esperados estão a validação de provas de conceito (POCs), o engajamento de startups e empresas do trade turístico, a criação de novos produtos e processos sustentáveis e o impacto positivo na competitividade internacional.
“A tarefa é identificar o que a gente chama das dores, quais são os problemas que os empresários estão sentindo e buscar uma solução. Muitas vezes, uma solução de logística pode atender um hotel; uma solução de sustentabilidade, de melhor uso, por exemplo, de recursos híbridos, pode atender uma região que tem pouca oferta de água ou problema de abastecimento, ou o próprio cuidado com resíduo. Os hotéis são um exemplo, mas a gente pode falar de restaurantes, do próprio barraqueiro, porque a cadeia turística, de turismo, ela é muito, muito plural. Você está falando desde a pessoa que vende o coco na praia, o barraqueiro, até o dono de um resort”, disse Gevaerd.
“Se você consegue pontualmente usar essas ferramentas tecnológicas a favor dos empreendedores, seja pequeno, grande ou médio - majoritariamente o turismo é baseado em pequenos e médios empresários - consegue avançar de maneira mais rápida. Não existe hoje pensar qualquer ação ou melhoria sem a inserção de novas ferramentas tecnológicas”, concluiu.
Programa
O Programa Destino Futuro ocorrerá em três fases. Em um primeiro momento haverá a seleção de 20 propostas de negócios e soluções que serão apresentadas a partir das demandas do setor de turismo.
Para a segunda etapa passarão entre 10 e 15 propostas de inovação. A seleção final vai escolher cinco soluções com as melhores propostas, que receberão uma mentoria do Porto Digital para o desenvolvimento de suas soluções.
Um dos maiores distritos de inovação da América Latina, o Porto Digital é um ambiente de inovação, pesquisa e desenvolvimento em tecnologia da informação (TI), especialmente na área mobile. A iniciativa integra startups, empresas, organizações, instituições de ensino e instituições de ciência e tecnologia de diversos segmentos de tecnologia, como TI, comunicação digital, automação e inteligência artificial.
Cada projeto poderá contar com um valor de R$ 533 mil, destinado exclusivamente ao desenvolvimento das soluções. Os projetos terão prazo de execução de até 12 meses, considerando todas as etapas de planejamento, implantação e avaliação. Ao final, as soluções passarão por validação prática.
“A gente está bem esperançoso de que muitos problemas que estão absolutamente fora do nosso radar apareçam. Outra expectativa é que a gente tenha possibilidade de capilaridade muito grande com essas soluções que foram desenvolvidas. Já que os problemas se repetem de cidade a cidade, de equipamento e equipamento e por aí vai”, afirmou o presidente do Porto Digital Pierre Lucena.
Agência Brasil
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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou uma linha de crédito de R$ 20 milhões para a empresa Scitech Produtos Médicos S.A., principal fornecedora de stents farmacológicos para o Sistema Único de Saúde (SUS).
A empresa, sediada em Aparecida de Goiânia (GO), venderá ao SUS itens como stent farmacológico coronário, cateter e fio guia dirigível para angioplastia e balão periférico.
Stent é um pequeno dispositivo médico em forma de tubo, inserido em artérias para prevenir e evitar a obstrução do fluxo sanguíneo, ou seja, é diretamente ligado a intervenções cardiovasculares. As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de mortalidade no mundo.
O financiamento faz parte do programa Fornecedores SUS - linha de crédito destinada a empresas que atendem à demanda do SUS - que busca o fortalecimento da indústria nacional e preenchimento das necessidades do sistema público de saúde.
O BNDES é um banco público ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), com a função de fomentar o crédito para áreas estratégicas e de longo prazo. Muitos dos financiamentos do banco são feitos com taxas de juros mais baixas que as oferecidas por bancos privados.
Política industrial
Desde 2024, o BNDES aprovou R$ 117 milhões dentro dessa reserva de recursos. No Fornecedores SUS, o banco de fomento faz uma liberação única de crédito para o tomador, definida a partir de análise de histórico de fornecimento ao SUS, licitações ganhas e contratos já celebrados.
A empresa tem o compromisso de fornecer o mesmo valor em equipamentos e materiais de fabricação nacional ao SUS, em um período de dois anos.
De acordo com o CFO (diretor financeiro) da Scitech, Mayko Melo, a linha de crédito permite que a empresa se consolide como “principal fornecedora de stents farmacológicos para o SUS”.
O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon, afirma que o financiamento está alinhado à Nova Indústria Brasil, política de incentivo à indústria nacional lançada no início de 2024.
“O financiamento contribui para que o país amplie a participação da produção no país de 42% para 70% das necessidades nacionais em medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos, materiais e outros insumos e tecnologias em saúde”, assinala.
A Scitech é especializada em dispositivos médicos minimamente invasivos e tem mais de 20 anos de atuação. A empresa faz parte do grupo Capital Med Participações S.A., que emprega mais de 280 funcionários em seis países: Brasil, Chile, Espanha, Itália, Singapura e EUA e por meio de distribuidores em mais 45 países.
Agência Brasil
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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), anunciou nesta sexta-feira (4) sua pré-candidatura para a presidência da República nas eleições de 2026.
Caiado fez o anúncio de sua pré-candidatura em conversa com jornalistas, antes da cerimônia em Salvador para recebimento do título "Cidadão Baiano e Comenda 2 de Julho".
"Nosso assunto aqui é lançar à pré-candidatura, levar essa prévia junto a população brasileira. Esse é o motivo da decisão do União Brasil em poder caminhar, com tempo, para que as pessoas nos conheçam. Quem conhece o governo de Caiado, vota em Caiado", disse o governador de Goiás.
Estiveram no evento políticos como o senador Sergio Moro (União Brasil), ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro e ex-juiz federal na Lava Jato, e os prefeito e ex-prefeito de Salvador, Bruno Reis e ACM Neto. O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), também esteve presente e prestou apoio a Caiado.
Ronaldo Caiado tem 75 anos, é formado em medicina, e ocupa o cargo de governador de Goiás desde 2019. Antes, já ocupou os cargos de senador e deputado federal por cinco mandatos. Ele nasceu em Anápolis, cidade a 55 km de Goiânia, e faz parte de uma família de produtores rurais que tem forte atuação política no estado.
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O cacique Raoni Metuktire manifestou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta sexta-feira (4), que é contrário à exploração de petróleo na bacia da foz do Amazonas, como deseja a Petrobras.
O líder indígena cobrou uma postura de maior preservação ambiental do presidente durante cerimônia no Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso.
O cacique é uma das vozes mais influentes do Brasil na defesa dos povos indígenas e do meio ambiente.
Raoni citou as discussões no governo sobre a abertura de uma nova frente de exploração de petróleo na Foz do Rio Amazonas, no Norte do país. A Petrobras projeta uma retirada potencial de 10 bilhões de barris na região.
"Estou sabendo que, na Foz do Amazonas, o senhor está pensando no petróleo que tem lá debaixo do mar. Eu penso que não [deveria explorar]. Porque essas coisas, da forma como estão, garantem que a gente tenha um meio ambiente, a terra com menos poluição e menos aquecimento", afirmou Raoni.
A fala foi traduzida para o português por um intérprete. Em compromissos pelo mundo, Raoni sempre usa sua língua nativa, usada pelos grupos Kayapó.
"Se isso acontecer, eu sou pajé também. Eu já tive contato com os espíritos, que sabem dos riscos que a gente tem de continuar trabalhando dessa forma, de destruir e destruir e destruir", completou Raoni.
O discurso foi feito na cerimônia em que Lula condecorou o cacique Raoni Metuktire com a Ordem Nacional do Mérito, nesta sexta.
A entrega da honraria, que reconhece o trabalho do líder indígena, ocorreu na Aldeia Piaraçu — na Terra Indígena Capoto-Jarina —, que fica dentro do Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso.
Raoni foi condecorado no grau Grã-Cruz, o mais alto dos cinco da Ordem Nacional do Mérito.
O decreto que determinou a homenagem, assinado por Lula, foi publicado nesta sexta no "Diário Oficial da União".
A honraria foi criada em 1946 pelo então presidente Eurico Gaspar Dutra (1946-1951) para "galardoar cidadãos e instituições, brasileiros e estrangeiros, que, por motivos relevantes, se tenham tornado merecedores de reconhecimento pelo Estado brasileiro".
Segundo o Palácio do Planalto, centenas de brasileiros e estrangeiros foram condecorados com a Ordem Nacional do Mérito, entre os quais Oscar Niemeyer, Manuel Bandeira (1966), Tancredo Neves (1985), Irmã Dulce (1987) Pelé (1991) e Ayrton Senna (1994).
g1
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condecorou o cacique Raoni Metuktire com a Ordem Nacional do Mérito em cerimônia no Xingu, nesta sexta-feira (4).
Durante o evento, o líder indígena manifestou ao presidente que é contrário à exploração de petróleo na bacia da foz do Amazonas, como deseja a Petrobras.
O cacique é uma das vozes mais influentes do Brasil na defesa dos povos indígenas e do meio ambiente e cobrou uma postura de maior preservação ambiental de Lula, durante a visita.
A entrega da honraria, que reconhece o trabalho do líder indígena, ocorreu na Aldeia Piaraçu — na Terra Indígena Capoto-Jarina —, que fica dentro do Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso.
Raoni foi condecorado no grau Grã-Cruz, o mais alto dos cinco da Ordem Nacional do Mérito. O decreto que determinou a homenagem, assinado por Lula, foi publicado nesta sexta no "Diário Oficial da União".
Em seu pronunciamento, Lula destacou que Raoni é merecedor da mais alta condecoração do país, pois se trata de um dos "grandes nomes da história".
"De tempos em tempos a experiência humana é contemplada com o nascimento de seres extraordinários, homens e mulheres que dedicam a vida a defesa do planeta e de seus povos, cientes da complexidade de seu tempo e de suas realidades", declarou o presidente.
Respeito aos povos indígenas
Raoni, segundo Lula, fez um trabalho indispensável pelos direitos dos povos indígenas no Brasil e desperta atenção de pessoas em diferentes locais do mundo.
"Raoni é uma liderança que inspira paz, sabedoria ancestral e profundo conhecimento sobre as necessidades da terra e relação do homem com a natureza", afirmou.
Lula declarou que o governo "respeita os povos indígenas" e trabalha para assegurar os direitos conquistados. O presidente declarou que os indígenas são "fundamentais" para cumprir a meta de zerar o desmatamento na Amazônia até 2030.
"Sem a proteção dos povos indígenas, o cuidado com a floresta e os rios, a crise climática traria eventos ainda mais extremos de secas e inundações para toda a população brasileira, sem exceção", disse.
Lula citou que criou o Ministério dos Povos Indígenas, cuja titular é a deputada Sônia Guajajara, e que os povos têm o direito de pleitear a demarcação de terras.
"Os que reclamam que indígena tem muita terra no Brasil, o equivalente a 14% do território nacional, não devem se esquecer que um dia os indígenas tinham todo os 100% do território nacional. Portanto, vocês têm direito de reivindicar, de brigar e de conquistar quanta terra for necessária para a gente manter os povos indígenas, sua cultura e tradição", disse Lula.
Petróleo na Foz do Amazonas
Raoni citou, em discurso traduzido para o português, que Lula já havia sido convidados para visitar a aldeia, o que finalmente ocorreu. O cacique afirmou que alertou Lula sobre a importância de preservar a cultura e o modo de vida dos povos indígenas.
No discurso, conforme a tradução, Raoni se manifestou contrário à exploração de petróleo na bacia da foz do Amazonas, na região norte do país.
"Estou sabendo que, na Foz do Amazonas, o senhor está pensando no petróleo que tem lá debaixo do mar. Eu penso que não. Porque essas coisas, da forma como estão, garantem que a gente tenha um meio ambiente, a terra com menos poluição e menos aquecimento", disse o cacique, segundo o tradutor indígena.
A fala foi traduzida para o português por um intérprete. Em compromissos oficiais em todo o mundo, Raoni sempre usa sua língua nativa, usada pelos grupos Kayapó.
"Podemos ter consequências muito grandes, que não podemos parar", seguiu.
A Petrobras e o Ministério de Minas e Energia pressionam para que o Ibama autorize o trabalho a fim de verificar se a exploração de petróleo é viável na região.
Ambientalistas são contrários à exploração de petróleo na área diante do risco de devastação do ecossistema na região.
Ordem Nacional do Mérito
A honraria foi criada em 1946 pelo então presidente Eurico Gaspar Dutra (1946-1951) para "galardoar cidadãos e instituições, brasileiros e estrangeiros, que, por motivos relevantes, se tenham tornado merecedores de reconhecimento pelo Estado brasileiro".
Segundo o Palácio do Planalto, centenas de brasileiros e estrangeiros foram condecorados com a Ordem Nacional do Mérito, entre os quais Oscar Niemeyer, Manuel Bandeira (1966), Tancredo Neves (1985), Irmã Dulce (1987) Pelé (1991) e Ayrton Senna (1994).
Quem é Raoni
Líder do povo Mẽbêngôkre-Kayapó, Raoni Metuktire é uma das lideranças mais influentes do Brasil na defesa dos povos originários.
Segundo o instituto que leva o nome do cacique, ele provavelmente nasceu no início da década de 1930, em uma aldeia do povo kayapó em Mato Grosso.
Raoni foi uma voz importante para o reconhecimento dos direitos dos povos indígenas na Constituição de 1988.
O cacique ganhou projeção internacional nos anos 1970 e 1980, participando de um documentário exibido no Festival de Cannes e de uma campanha com o cantor Sting.
Desde então, Raoni atua em defesa das terras indígenas e contra o desmatamento na Amazônia.
O líder indígena tem relação próxima com Lula. Em 1º de janeiro 2023, o cacique foi um dos destaques da posse do petista como presidente pela terceira vez.
Raoni e outros representantes da sociedade civil subiram a rampa do Palácio do Planalto junto com Lula e a primeira-dama Janja da Silva. A subida da rampa é um dos atos que marcam as posses de presidentes da República.
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A Justiça da Paraíba revogou, nesta sexta-feira (4), a suspensão da indicação de Alanna Galdino para o cargo de conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB). Ela é filha do presidente da Assembleia Legislativa (ALPB), Adriano Galdino (Republicanos). Com isso, o órgão poderá prosseguir com o processo da nomeação até a posse.
A nova decisão foi tomada pelo desembargador Frederico Coutinho, presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB).
A juíza Virgínia Lúcia Fernandes Martins de Aguiar havia determinado a suspensão dos atos de indicação e nomeação. Determinou também a paralisação do processo de posse no TCE-PB até que as acusações apresentadas pelo autor da ação popular fossem analisadas.
A ação contra a indicação foi movida pelo ex-prefeito de Pocinhos, Cláudio Chaves, apontando um possível favorecimento indevido de Alanna. Ela foi indicada para o cargo pela Assembleia Legislativa. A ação também questiona o descumprimento de requisitos constitucionais e regimentais para o cargo.
A ALPB apresentou um recurso, negando que exista alguma irregularidade no processo de escolha da filha do presidente para a vaga e alegando "ingerência do Poder Judiciário sobre a esfera de competências do Poder Legislativo e do Poder Executivo, violando o princípio da separação dos poderes e causando grave lesão à ordem pública e administrativa, uma vez que interfere diretamente na composição do Tribunal de Contas e compromete a regularidade de seu funcionamento".
Ao analisar o recurso da Assembleia Legislativa que contesta a suspensão, o desembargador entendeu que apesar da decisão apontar falhas procedimentais, “não há ligações das falhas procedimentais com a moralidade administrativa”.
"A mera inobservância de formalidades internas no processo de indicação para cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas, por si só, não autoriza a atuação do Poder Judiciário para suspender atos administrativos de natureza política, sob pena de se converter o controle de legalidade em indevido juízo de conveniência ou oportunidade", decidiu.
Na próxima quarta-feira (9), haverá o julgamento de um recurso do Ministério Público de Contas que pede que a posse de Alanna não aconteça.
Candidata única ao cargo
A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) aprovou o nome de Alanna Galdino para o cargo de conselheira do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba em 18 de março. No mesmo dia o governador João Azevêdo (PSB) confirmou a nomeação.
A vaga foi aberta depois da aposentadoria do conselheiro Arthur Cunha Lima e está dentro das cadeiras que são indicadas para a corte pela Assembleia Legislativa. Ao longo do processo, outros nomes foram colocados na disputa, mas no fim prevaleceu a articulação de Adriano Galdino em consolidar o nome da própria filha, e ela foi candidata única.
Em votação secreta, 31 deputados estadual votaram a favor do nome de Alanna Galdino. O deputado Wallber Virgolino (PL) foi o único a votar contra. Foram registrados ainda três ausências e uma abstenção do pai da possível futura conselheira.
g1 PB
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski,vai participar de audiência pública na Comissão de Segurança Pública (CSP) para prestar informações sobre a suspensão de acordos de cooperação para o combate ao crime organizado. A audiência será na quarta-feira (9), às 10h30.
O pedido para a audiência (REQ 2/2025 - CSP) foi feito pelo senador Sergio Moro (União-PR). No requerimento, ele cita a decisão do ministério de suspender os acordos de cooperação técnica mantidos entre a Policia Rodoviária Federal, as Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado e os Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecos), dos Ministérios Públicos Estaduais.
Para o senador, a atuação integrada da Polícia Rodoviária com essas forças e os Gaecos há muitos anos tem se mostrado eficiente no combate ao crime organizado, com resultados cada vez mais positivos. Na visão de Moro, a suspensão é questionável e precisa ser esclarecida pelo ministro.
“No momento de grande insegurança vivida no país, ao contrário de promover a ampliação e o fortalecimento de ações de combate ao crime organizado, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, de forma equivocada e unilateral promove o desmonte dessas ações. Portanto, tal medida deve ser esclarecida pelo senhor ministro da Justiça e Segurança Pública, com a urgência que o caso requer”, afirma o senador no requerimento.
Agência Senado
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O governador João Azevêdo manteve, nesta quinta-feira (3), em Brasília, audiência com o advogado-geral da União, Jorge Messias, ocasião em que foi discutida a possibilidade de acordo em ação judicial referente ao pagamento de valores devidos pela União ao Estado da Paraíba relacionados ao antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). A reunião foi acompanhada pelo procurador-geral do Estado, Fábio Brito.
A ação, que tramita na Justiça Federal da Paraíba, busca o pagamento de recursos que não foram devidamente repassados ao Estado devido a erros de cálculo no valor mínimo anual por aluno, durante a vigência do Fundo.
“A reunião representa um importante passo nas tratativas para resolver essa questão que se prolonga há anos, que visa garantir recursos fundamentais para a educação paraibana”, explicou o chefe do Executivo estadual.
Outros estados brasileiros já firmaram acordos semelhantes com a União, o que gera expectativas positivas para a resolução do caso paraibano.
Também estiveram presentes à reunião o secretário executivo da Representação Institucional, Adauto Fernandes; e o chefe de Gabinete do governador, Ronaldo Guerra.
Ainda em Brasília, o governador João Azevêdo prestigiou o evento ‘O Brasil Dando a Volta por Cima’, realizado no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, oportunidade em que foi apresentado um balanço das principais entregas do Governo Federal nos dois primeiros anos da atual gestão.
Governo da Paraíba
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A Festa do Bode Rei 2025, em Cabaceiras, no Cariri paraibano, acontece nos dias 6, 7 e 8 de junho. Entre as atrações confirmadas no tradicional evento estão Flávio José e Zé Cantor (veja a programação de shows completa ao fim desta reportagem).
De acordo com a Prefeitura de Cabaceiras, o evento terá um novo layout, tendo como principal novidade uma nova praça de eventos, que está em fase final de construção, e que conta com uma área de mais de 4 mil metros quadrados.
O palco principal ficará instalado na Praça de Eventos - que está em construção. No local, terá um outro palco que será utilizado durante os intervalos entre shows e trocas de bandas do palco principal.
Ainda segundo a Prefeitura de Cabaceiras, o Arraial Cultural - onde eram realizados os shows - continuará sendo um dos palcos do evento, mas será voltado para atrações culturais e artistas da região.
No novo layout, destacam-se espaços como Bode Rei no Auto da Compadecida, Pátio de eventos, Arraial Cultural e Parque do Bode.
A programação inclui shows musicais, exposição de produtos à base de couro, leite de cabra e diversos outros feitos por produtores da região.
Esta será a 26ª edição da Festa do Bode Rei. Assim como em 2024, a Prefeitura Municipal de Cabaceiras tem, para 2025, a expectativa de receber 200 mil pessoas durante o evento, que chega a movimentar cerca de R$ 20 milhões.
Programação completa da Festa do Bode Rei:
6 de junho (sexta-feira):
7 de junho (sábado):
8 de junho (domingo):
g1 PB
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