O Santos entra no clássico deste sábado, contra o Palmeiras, às 16h, no Pacaembu, pela oitava rodada do Campeonato Paulista, pressionado e em busca de um resultado que dê tranquilidade ao técnico Jesualdo Ferreira.
Mas o que o técnico português pode fazer para surpreender o Palmeiras, dono da melhor defesa e do melhor ataque do estadual? O GloboEsporte.com lista abaixo:
Marcação
O Santos não tem conseguido ser eficiente na marcação. Na derrota para o Ituano, no sábado passado, o primeiro gol saiu após Felipe Jonatan e Diego Pituca deixarem Yago avançar com liberdade.
Contra a velocidade e habilidade de Dudu, Luiz Adriano e Rony (que pode estrear), Jesualdo Ferreira também precisa, se quiser ter sucesso contra Palmeiras, melhorar o sistema defensivo do Santos. Se não vai pressionar o rival, o Peixe tem de ser eficiente quando sofrer tentativas de infiltração.
Preencher melhor os espaços no meio
O meio-campo do Santos é um dos maiores problemas do time na temporada 2020. Com a falta de criatividade de Alison e o baixo rendimento de Diego Pituca, além da falta de entrosamento de Carlos Sánchez com o ataque, o Santos pouco produz pelo setor.
Jesualdo Ferreira fez vários testes durante as semanas de treino e sinalizou mudanças no time titular. As soluções no banco de reservas são os meias Evandro e Jean Mota, que devem ganhar oportunidade na clássico. Jobson e Sandry correm por fora na disputa pela posição.
Pressionar a saída de bola do Palmeiras
O Santos, desde o início do ano, tem sido bem diferente do que era sob o comando de Jorge Sampaoli. Um dos principais motivos é a marcação no campo de defesa do adversário. Com Jesualdo Ferreira, o Peixe tem esperado mais as outras equipes do que pressionado a saída de bola. Isso deve mudar.
Segundo o relato dos próprios jogadores do Santos, Jesualdo pediu focou em treinos e finalização e pediu mais agressividade e intensidade durante os treinos.
– Essa semana ele já pediu para sermos mais agressivos, marcar lá no alto. Essa agressividade não tem dado certo, mas amanhã teremos uma cara nova. Vamos jogar com o DNA do Santos. O importante é mostrar bom futebol e o DNA ofensivo – disse Felipe Jonatan.
Melhorar a movimentação ofensiva
O ataque do Santos é outro setor que chama atenção pelo baixo desempenho em relação à temporada passada. Em sete rodadas do Campeonato Paulista, o Peixe tem o pior ataque desde 2008. Foram somente seis gols marcados, média de menos de um gol por partida. Entre os quatro grandes de São Paulo, o alvinegro tem o pior setor ofensivo.
Em processo de adaptação às ideias de Jesualdo, o trio ofensivo ainda peca na movimentação. Por exemplo: sob o comando de Sampaoli, o atacante Soteldo jogava aberto pelas laterais, para dar amplitude ao time.
Porém, com Jesualdo, o camisa 10 é orientado a afunilar em direção à grande área para esperar o cruzamento dos laterais, movimento que compromete o jogador por conta de sua baixa estatura, já que tem que disputar bolas altas com os zagueiros.
O mesmo acontece com Eduardo Sasha. Em 2019, Eduardo Sasha atuava mais como um falso 9, buscando o jogo desde o meio de campo. Com o treinador português, o atacante joga como um centroavante de ofício, característica que não é a sua.
Mais triangulações
Insinuante, rápido e letal diante de qualquer adversário em 2019, nesta temporada o Santos não tem conseguido repetir o repertório. Têm sido pouco frequentes no Santos as jogadas trabalhadas, as tabelas, as aproximações e as triangulações entre os defensores adversários.
A missão de Jesualdo para partida é justamente fazer com que os jogadores trabalhem mais as jogadas de ataque. Para isso, será importante que o setor de meio-campo, responsável pela criação do time, tenha maior aproximação tanto do ataque, quando da defesa, para iniciar as jogadas.
Globo Esporte
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