O vírus H1N1 causou 67% das mortes por gripe este ano no país. Até o último informe epidemiológico do Minitério da Saúde, de 25 de maio, 222 pessoas morreram em decorrência da gripe, sendo 148 pelo vírus.
Entre os casos, do total de 1.248 casos, 668 foram de H1N1.
Mais de 80% das vítimas apresentavam fator de risco. Entre elas, a maioria tinha idade média de 50 anos. Os grupos com maior taxa de óbito são idosos (39,2%), diabéticos (27,1%), pessoas com doença cardiovascular crônica (26,5%), crianças com menos de cinco anos (19,3%) e imunodeprimidos (18%).
Desde o dia 3 de junho, a vacinação contra a gripe foi ampliada a toda a população, embora a cobertura vacinal dos grupos prioritários - aqueles mais suscetíveis às complicações da gripe - não tenha atingido a meta de 90%, ficando em torno de 80%, segundo o Ministério.
O Sudeste é a região mais afetada pela gripe até o momento com 412 casos. Em seguida estão o Nordeste (267), Norte (252), Sul (224) e Centro-Oeste (92). O Estado de São Paulo apresenta as maiores ocorrências (244).
Já o Paraná e o Amazonas lideram em número de mortes, com 35 cada, seguidos por Rio de Janeiro (26) e São Paulo (16).
A vacina da gripe que é oferecida a toda população até o fim dos estoques protege contra os vírus H1N1, H3N2 e influenza B. Um vírus não é mais forte do que o outro, portanto a intensidade dos sintomas não se diferencia, segundo o pediatra Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
O Ministério da Saúde afirma que já disponibilizou cerca de 9,5 milhões de medicamentos contra a gripe (fosfato de oseltamivir) aos Estados. A pasta ressalta que o tratamento deve ser realizado, preferencialmente, nas primeiras 48h após o início dos sintomas. Para obter o medicamento oferecido pelo Ministério, é preciso que ele seja prescrito pelo médico.
R7
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, na tarde desta terça-feira (11), duas propostas preliminares que podem liberar o cultivo da planta de Cannabis sativa no Brasil para fins medicinais e científicos, além da produção de medicamentos nacionais com base em derivados da substância. Agora, as propostas devem ser publicadas no Diário Oficial da União e submetidas a uma consulta pública.
O plantio doméstico de maconha por pessoas físicas e para o consumo recreativo continuará proibido no país. Os documentos preveem que apenas empresas possam cultivar a planta em ambientes controlados sob supervisão da Anvisa e de autoridades policiais, e que a venda seja feita diretamente para a indústria farmacêutica ou entidades de pesquisa. (veja abaixo os detalhes das duas propostas).
Votação foi unânime
Todos os quatro diretores aprovaram os textos que foram elaborados pela área técnica da agência, enfatizando a necessidade de que a consulta pública garanta à população transparência e divulgação dos dados e evidências a respeito do tema.
Os quatro diretores da Diretoria Colegiada iniciaram a 14ª reunião pública de 2019 por volta das 10h desta terça. Às 13h15, três dos quatro diretores já haviam aprovado a proposta. O último voto a favor das propostas foi proferido às 13h30.
Veja qual foi a ordem de votação:
A primeira proposta é para uma resolução que regulamente os requisitos técnicos e administrativos para o cultivo de Cannabis sativa para fins medicinais e científicos. Já a segunda é uma proposta de resolução para definir procedimentos específicos para registro e monitoramento de medicamentos feitos com base em Cannabis sativa ou seus derivados e análogos sintéticos.
Ambos os documentos ainda deverão passar por uma consulta pública, incluindo uma audiência pública para debater o tema, ainda sem data marcada.
tação dos requisitos técnicos e administrativos para o cultivo da planta com fins medicinais e científicos – desde o plantio até a fase de secagem e distribuição.
A resolução prevê o cultivo somente em sistemas de ambiente fechado e por pessoas jurídicas. O cidadão comum (pessoa física) não poderia ter pés de maconha em casa. Para cultivar, seria preciso ter uma autorização especial da Anvisa e supervisão da Polícia Federal.
Essa inspeção da agência reguladora exigiria, entre outras coisas, um rígido sistema de segurança com controle de acesso por biometria, alarmes e proteção de janelas duplas. Além disso, o local não pode ter identificação externa.
A venda e a entrega da planta produzida seriam somente para instituições de pesquisa, fabricantes de insumos farmacêuticos e fabricantes de medicamentos. O transporte teria de ser feito em veículos especiais.
A autorização para cultivo valeria por 2 anos, podendo ser renovada, e haveria uma cota de cultivo e controle de estoques e de liberação do produto.
Medicamentos
A segunda resolução tem como objetivo definir procedimentos específicos para registro e monitoramento de medicamentos à base de cannabis, seus derivados e análogos sintéticos. Isso inclui os fitoterápicos.
A regulamentação se aplica aos medicamentos nas formas de cápsula, comprimido, pó, líquido, solução ou suspensão (misturas) com administração por via oral.
As próprias empresas deveriam pedir à Anvisa o registro para produção desses medicamentos. Atualmente, há somente um medicamento com cannabis registrado no Brasil, o Mevatyl.
Não haveria uma lista prévia de doenças: a agência analisará registro por registro, conforme os pedidos. Medicamentos já registrados em outros países deverão apresentar relatório técnico de avaliação do remédio emitido pelas respectivas autoridades reguladoras.
O registro inicial teria validade de 3 anos e as renovações seguintes, de 5 anos. Geralmente, para os outros medicamentos, o primeiro registro já vale por 5 anos.
Depois de aprovado o registro, a empresa teria 30 dias para definição do preço máximo e 365 dias para colocar o remédio no mercado. A resolução já prevê a venda em farmácias. A maioria deve ser com retenção de receita médica, mas cada caso seria analisado individualmente.
Neste momento, a Anvisa não tem nenhum pedido de registro pendente.
Haveria, pela proposta, um monitoramento do mercado com fiscalização constante e canais de atendimento para dúvidas de consumidores.
Regras atuais
Atualmente, é proibido cultivar a planta de cannabis em território brasileiro. A lei determina que quem produz a cannabis para consumo pessoal está sujeito à prestação de serviços à comunidade e ao comparecimento a programa educativo, sem fazer ressalva ao uso médico.
Mas, nos últimos anos, a Anvisa e o Poder Judiciário já deram alguns passos no sentido de liberar o cultivo da planta para fins medicinais e científicos. Veja alguns deles abaixo:
A ideia é que, ao regulamentar o cultivo da planta, caia o custo da produção de medicamentos com base na Cannabis sativa, e que se reduza também o número de ações judiciais para compra de remédios não registrados no Brasil.
Pacientes que sofrem de diversas doenças podem ser beneficiados com a mudança na regras, entre eles os que têm esclerose múltipla, autismo e dores crônicas oncológicas.
As propostas avaliadas nesta terça não preveem a liberação do cultivo nem do consumo de maconha para fins recreativos.
G1
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O Ministério da Educação (MEC) informou nesta quinta-feira (13) que propõe aumentar de 10% para 15% o repasse da União para o Fundeb, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica. O aumento seria feito ano a ano, na ordem de 1%.
O órgão também manifestou apoio a um projeto em tramitação na Câmara que prevê alterações para o fundo (leia mais abaixo).
Atualmente, o Fundeb é responsável por 63% dos recursos aplicados na educação básica, segundo o MEC. Em 2019, estão previstos repasses de R$ 14,4 bilhões.
O Fundeb foi criado em 2006 para ampliar os investimentos no ensino infantil, fundamental e médio, mas vai expirar em 2020. Especialistas defendem que o fundo seja mantido, e diversas propostas têm sido feitas para um novo Fundeb.
Entre elas está o projeto da deputada professora Dorinha (DEM-TO), em tramitação na Câmara. O MEC informou que apoia o texto da deputada que, segundo o ministério, está "avançado tecnicamente e em convergência com o MEC".
A origem dos recursos para financiar o aumento dos repasses ainda não está definida, de acordo com o MEC.
Reunião com parlamentares
A proposta do MEC foi apresentada pelo ministro Abraham Weintraub a deputados nesta quinta (12), segundo o ministério. De acordo com o órgão, a proposta de Weintraub é "dar uma roupagem mais aprimorada para o Fundeb."
"Vamos trazer critérios que melhorem o desempenho da educação básica atrelado à eficiência na aplicação dos recursos", afirmou o ministro, de acordo com a pasta.
Propostas do MEC para o Fundeb
Abaixo estão listadas as sugestões do MEC para a proposta da deputada professora Dorinha. Confira:
G1
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O Mapa do Ensino Superior no Brasil, lançado hoje (13) pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), mostrou uma baixa taxa de escolarização líquida, que estima o percentual de jovens de 18 a 24 anos matriculados no ensino superior em relação ao total da população nessa mesma faixa etária.
Em 2017, a taxa ficou em torno de 17,8%. No ano anterior, a taxa era de 18,5%.
O Maranhão teve a menor taxa de escolarização líquida do país, com 10,6% dos jovens entre 18 e 24 anos matriculados no ensino superior. O Semesp ressalta que, apesar dessa baixa taxa, o número de matrículas no ensino superior cresceu em 2017 em relação a 2016, passando de 8,05 milhões para 8,29 milhões, aumento de 3% nas matrículas.
Esses valores somam matrícula de alunos das redes privada e pública e das modalidades presencial e ensino à distância (EAD).
A entidade avalia que esse crescimento foi puxado, principalmente, pelo aumento do número de matrículas na modalidade EAD, já que a modalidade presencial teve pequena queda de 0,4%.
Ensino a distância
Nas matrículas dos cursos a distância, de 2016 para 2017, o crescimento chegou a 17,7%, seguindo a tendência de aumento registrada nos anos anteriores.
Em 2017, foram 1,76 milhão de alunos ante 1,49 milhão de 2016, com mais alunos tanto na rede privada (16%) quanto na pública (36,9%).
No ano de 2017, as instituições de ensino superior (IES) somavam 2.448, sendo 2.152 privadas e 296 da rede pública.
Do total de IES privadas, 63,2% são de pequeno porte e contam com menos de 3 mil matrículas. Já 16,8% são de porte gigante, com mais de 20 mil matrículas, incluindo cursos presenciais e EAD.
O número de estudantes ingressantes no 1º ano dos cursos teve aumento em 2017 tanto na modalidade presencial quanto EAD. Nos cursos presenciais, o crescimento foi de 0,5%, passando de 2,14 milhão de estudantes em 2016 para 2,15 milhões em 2017. No ensino a distância, o aumento foi mais expressivo, de 27,3%, passando de 843,2 mil para 1,07 milhão, no mesmo período.
O número de estudantes concluintes, aqueles que se formaram no ensino superior, cresceu 0,9% em cursos presenciais e 9,5% em cursos EAD no comparativo entre 2016 e 2017.
A taxa de evasão dos cursos presenciais chegou a 25,9% em 2017, menor do que a de 2016 (27,2%). Nos cursos a distância, ela também caiu, passando de 36,1% para 34,3%.
A mobilidade dos alunos para outros cursos na mesma modalidade ou modalidade diferente, que é mensurada pela taxa de migração, teve queda em 2017 em relação ao ano anterior no caso dos cursos presenciais (de 24,7% em 2016 passou para 24,4%). Já nos cursos à distância, essa taxa aumentou de 28,9% em 2016 para 32,1% em 2017.
FIES
Os dados do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo incluem números atualizados sobre o programa Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), do governo federal.
Em 2017, 5,7% dos ingressantes do ensino superior em IES privadas tinham este programa do governo como financiamento estudantil. Esse número caiu 15,6% em relação a 2016, seguindo uma tendência de queda, segundo o sindicato, que vem sendo registrada desde 2015.
De acordo com dados do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação, o FIES tem cerca de 2,26 milhões de contratos ativos, sendo 1,26 milhão em curso e 511 mil evadidos, ou seja, com mais de dois aditamentos não realizados.
Segundo o Semesp, a previsão para 2019 é de aproximadamente 100 mil vagas no programa. Em 2018, foram 82 mil novos contratos, o que significa uma queda de 51,2% em comparação com 2017, além de cerca de 2 mil contratos na modalidade P-FIES.
Pessoas com deficiência
Pela primeira vez, o Mapa do Ensino Superior trouxe informações sobre a representatividade de pessoas com deficiência nas matriculas do ensino superior, totalizando quase 40 mil matrículas em 2017: 25,2 mil nas IES privadas (63,2% do total) e 14,7 mil nas públicas (36,8%).
O sindicato ressalta que esses números têm crescido nos últimos anos. De 2009 até 2017, houve um aumento de 89,8% no número de matrículas de pessoas com deficiência no ensino superior do país. No total de matrículas de Pessoa com Deficiência (PcD), 14,5 mil (36,3%) são representadas por algum tipo de deficiência física.
Instituições de ensino
Apesar da taxa de escolarização líquida entre os jovens de 18 a 24 anos ser considerada baixa pelo Semesp (17,8%), houve aumento de 1,7% no número de instituições de ensino superior entre os anos 2016 e 2017, passando de 2.407 para 2.448. Do total, 2.152 são da rede privada, responsável pelo crescimento, porque a rede pública manteve as mesmas 296 instituições de 2016.
Segundo observou o Semesp, o aumento do número de IES vem sendo acompanhado desde 1998, quando havia 973 unidades. Desde então, o crescimento foi de 151,6% em relação aos dados mais atualizados de 2017. A rede privada representa 88% do total das instituições de ensino do país.
Agência Brasil
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O governo russo afirmou, nesta quinta-feira (13), que vai monitorar de perto os planos dos Estados Unidos de enviar drones de vigilância e mil soldados americanos à Polônia, segundo o que foi anunciado no dia anterior pelo presidente Donald Trump.
O vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabok, afirmou que a manobra americana demonstrava o que chamou de "intenções agressivas". O país declarou que irá garantir que as ações dos EUA não ameacem a segurança nacional.
A intenção de Trump seria de deter ameaças potenciais vindas da Rússia. Trump anunciou o envio das tropas na quarta-feira (12), quando se encontrou com o presidente da Polônia, Andrzej Duda, na Casa Branca. O presidente dos EUA também criticou a Alemanha por ser "refém" de Moscou na questão energética.
O reforço não atendeu à ambição da Polônia de ter uma maior presença de tropas americanas em seu território, entretanto. Cerca de 5 mil soldados dos EUA estão alocados na Polônia, como parte da presença da Otan no país.
Mais cedo na quarta-feira, Trump havia antecipado o envio de 2 mil soldados à Polônia, o que tornou o anúncio oficial uma ducha de água fria para Duda — que pretende abrigar uma base permanente dos EUA no país.
"Ele gostaria de 250 mil soldados", brincou Trump.
O presidente polonês foi diplomático ao ser questionado sobre quantos soldados americanos gostaria de receber, dizendo que "sempre depende dos Estados Unidos".
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, recebeu com agrado o anúncio de tropas adicionais na Polônia e tuitou que isto mostra "o forte compromisso dos Estados Unidos com a segurança europeia...".
Situada na Europa oriental, na antiga área de influência soviética, a Polônia é um membro da Otan e defende um vínculo mais estreito com os Estados Unidos.
Duda, preocupado com os antecedentes da Rússia e sua apropriação de territórios na Geórgia e Ucrânia durante a última década, tem tentado seduzir Trump com a ideia de uma base militar que possa abrigar milhares de soldados.
Mas uma grande base militar dos Estados Unidos tão próxima da fronteira russa poderia irritar o Kremlin e gerar uma resposta do governo de Vladimir Putin, como uma maior presença militar em Kaliningrado, na região de fronteira com a Polônia, ou a instalação de uma base russa na Bielorrússia, aliada de Moscou.
G1
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O papa Francisco condenou, nesta quinta-feira (12), que os pobres sejam tratados como lixo e denunciou a "arquitetura hostil" contra essa camada da população, em uma mensagem que será pronunciada na Jornada Mundial dos Pobres que acontece em novembro.
"Passam-se os séculos, mas a condição de ricos e pobres se mantém inalterada, como se a experiência da história não nos tivesse ensinado nada", disse o pontífice, ao analisar a "desigualdade" que reina nas sociedades modernas.
É preciso nomear as novas formas de escravidão, disse ele.
Sensível ao tema, o sumo pontífice mencionou, entre esses novos escravos, os imigrantes, os órfãos, os desempregados, as prostitutas, os dependentes químicos, os marginalizados e as vítimas de violência.
"Chegou-se ao ponto de teorizar e construir uma arquitetura hostil para se desfazer de sua presença, inclusive nas ruas, últimos lugares de acolhida", afirmou.
São pessoas tratadas como lixo, disse, e não há sentimento de culpa por parte dos cúmplices do que ele qualificou como um escândalo.
"Aos pobres não se perdoa sequer sua pobreza", completa o papa, que também condena "a crueldade mediante a violência da arbitrariedade".
Núncios não podem ter blogs
O papa Francisco também exigiu dos núncios (uma espécie de embaixador do papa) e diplomatas do Vaticano que sejam leais e austeros, em um decálogo entregue nesta quinta-feira aos representantes pontifícios em todo o mundo.
"É feio ver um núncio que busca o luxo, os trajes e os objetos de marca em meio a pessoas sem o básico. É um contra-testemunho. A maior honra para um homem da Igreja é ser o 'servo de todos'", afirmou.
Ele proibiu que tenham blogs ou se unam a grupos hostis a ele, à Cúria e à Igreja de Roma.
A medida é uma menção indireta ao escândalo provocado pelo ex-núncio nos Estados Unidos Carlo Maria Viganó, que chegou a pedir, no ano passado, ao lado de outras lideranças católicas ultraconservadoras, a renúncia do papa por acobertar abusos sexuais na Igreja.
O pontífice reitera também que um diplomata do Vaticano "não pode cair em fofocas e calúnias", algo bastante comum por trás dos muros da Santa Sé.
France Presse
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Os organizadores dos protestos em Hong Kong pretendem realizar outra manifestação gigantesca no domingo, anunciaram seus líderes nesta quinta-feira (13), um dia depois de violentos confrontos na cidade entre a polícia e os ativistas que criticam um projeto de lei de extradição para a China.
Os protestos ocorridos na quarta-feira nos arredores da sede do legislativo da cidade forçaram o adiamento do debate do projeto, que muitos cidadãos de Hong Kong temem minar as liberdades e a confiança no polo comercial.
A manifestação programada para domingo estabelece uma nova linha de confronto com o governo local, que se negou a retirar da agenda o projeto de lei e conta com o firme apoio da China. Pequim chamou os protestos de "distúrbios".
Enfrentamento
Milhares de manifestantes vestidos de preto, em sua maioria jovens, lotaram na quarta-feira (12) as ruas de Hong Kong para protestar contra o projeto de lei que, segundo os críticos, daria poder a Pequim para perseguir politicamente os opositores.
De acordo com as autoridades, 22 pessoas ficaram feridas, entre policiais e manifestantes, na dispersão caótica do evento.
Os confrontos aconteceram perto do Conselho Legislativo (LegCo, Parlamento), onde o texto seria analisado em segunda leitura. Analistas afirmaram que este foi o maior episódio de violência desde 1997, quando Hong Kong, então colônia britânica, foi devolvida à China.
Dominado por deputados favoráveis ao governo de Pequim, o Parlamento anunciou o adiamento do debate por tempo indeterminado e para "uma data posterior".
Nesta quinta-feira, foram registrados alguns protestos esporádicos, incluindo confrontos com a polícia, mas com um número bem menor de pessoas em comparação com a véspera.
O número de manifestantes reunidos diante da sede legislativa no distrito financeiro diminuiu de madrugada, mas voltou a crescer ao longo da quinta-feira e chegou a mil pessoas a certa altura.
Eles acreditam que a legislatura, que tem uma maioria de membros pró-Pequim, tentará realizar o debate em algum momento, embora esta tenha emitido um aviso dizendo que não haverá sessão nesta quinta-feira.
"Voltaremos quando, e se, ele voltar para ser discutido", disse o manifestante Stephen Chan, estudante universitário de 20 anos. "Só queremos preservar nossa energia agora".
Mais cedo, alguns manifestantes tentaram impedir a polícia de retirar suprimentos de máscaras e alimentos, e houve confrontos.
Policiais com capacetes e escudos interditaram passarelas, e agentes à paisana verificavam a identidade de usuários do transporte interurbano.
Uma operação de limpeza começou a remover destroços como guarda-chuvas, capacetes, garrafas plásticas de água e barricadas das ruas depois dos choques do dia anterior, quando a polícia usou spray de pimenta, gás lacrimogêneo e balas de borracha em uma série de combates para afastar os manifestantes.
Autoridades disseram que 72 pessoas foram hospitalizadas. Escritórios do governo localizados no distrito financeiro foram fechados pelo resto da semana.
Opositores do projeto de lei, incluindo advogados e grupos de direitos humanos, dizem que o sistema de justiça da China é caracterizado por torturas, confissões forçadas e detenções arbitrárias.
Protesto e greve
Os manifestantes já prometeram seguir com as passeatas. Além do protesto convocado para domingo, anunciaram uma greve para a próxima segunda-feira.
"Vamos lutar até o fim com a população de Hong Kong", afirmou Jimmy Sham, da Frente Civil de Direitos Humanos (CHRF, na sigla em inglês), o principal grupo de protesto, antes de indicar que solicitou permissão para organizar o ato no fim de semana.
"Quando enfrentamos a ignorância, o desprezo e a repressão, isso apenas nos faz mais fortes", completou.
O CHRF organizou uma passeata gigantesca contra o projeto de lei no domingo passado, com mais de um milhão de pessoas.
A frente não consegue controlar os grupos de manifestantes que entram em confronto com a polícia.
A resposta da polícia aos protestos foi criticada por sua "força excessiva", e muitos pediram uma investigação independente.
Nesta quinta, porém, o governo de Pequim voltou a comentar como "distúrbios" as manifestações da véspera, realizadas em Hong Kong. "Não foi uma manifestação pacífica, e sim distúrbios organizados", afirmou o porta-voz da diplomacia chinesa, Geng Shuang.
Pequim "condena firmemente" a violência e "apoia a reação" das autoridades de Hong Kong, completou o porta-voz.
G1
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Duas companhias marítimas relataram incidentes nesta quinta-feira (13) com dois navios petroleiros no Golfo de Omã, diz a Reuters. Pelo menos uma das empresas suspeita que o ocorrido foi um ataque, mas não há confirmação das causas ou de possíveis autores.
Um dos navios, o "Front Altair", pertence a uma companhia norueguesa; o outro, o "Kokuka Courageous", é de uma empresa japonesa, informou a imprensa americana. Segundo a rede de televisão americana CBS, o "Kokuka Courageous" tinha 21 tripulantes e o "Front Altair", 23.
As pessoas foram retiradas dos navios e não há registro de mortos. Uma pessoa ficou levemente ferida e recebeu primeiros-socorros depois de ser resgatada, segundo a empresa que administrava o "Kokuka Courageous".
A agência de notícias iraniana Irna afirmou que os 44 tripulantes foram resgatados por equipes de busca do Irã e levadas ao porto de Jask, cidade do país que também é banhada pelo Golfo de Omã.
Por volta das 6h20, o preço do barril do petróleo tipo brent subia mais de 4% na bolsa de Londres, segundo a Bloomberg.
Inicialmente, veículos internacionais como a Sky News e o jornal The Telegraph informaram que os dois navios haviam sido atingidos por torpedos. Há suspeitas relatadas pela imprensa americana de que ambos tenham sido atingidos por projéteis, mas as causas dos incidentes ainda não foram confirmadas.
A empresa de administração de navios Bernhard Schulte, responsável pelo "Kokuka Courageous", afirmou em comunicado que a embarcação continua no local e não corre risco de afundar.
"A tripulação de 21 marinheiros abandonou o navio após o incidente a bordo, o que resultou em danos no lado de estibordo (direito) do casco do navio", afirmou a Bernhard Schulte.
Mais cedo, a Reuters havia informado que a empresa reportou danos no navio por causa de uma "suspeita de ataque"; em comunicado oficial no site, entretanto, a companhia fala em "incidente de segurança", e não menciona a palavra "ataque" no texto.
A carga que o navio levava, de metanol, está intacta, diz a Bernhard Schulte. A rede de televisão japonesa NHK informou que o navio levava 25 mil toneladas da substância, segundo a Reuters.
A informação inicial da agência era de que uma mina magnética poderia ter atingido o navio japonês, mas não há confirmações disso.
A Kokuka Sangyo, empresa dona da embarcação, afirmou, em coletiva de imprensa, que recebeu um relatório afirmando que o navio japonês foi atingido por dois projéteis, com três horas de diferença. O presidente da empresa, Yutaka Katada, disse que o navio foi abandonado e ficou à deriva, mas que a tripulação está segura.
Um funcionário da empresa afirmou que o primeiro projétil atingiu a parte traseira do navio no lado esquerdo (a bombordo), causando um incêndio que foi apagado. Depois que o segundo projétil atingiu a embarcação, o capitão decidiu retirar as pessoas.
As informações são do jornal "Financial Times".
Embarcação norueguesa
A companhia nacional de petróleo de Taiwan disse suspeitar que o segundo navio, o "Front Altair", de uma empresa norueguesa, "pudesse ter sido atingido por um torpedo." O navio levava, segundo a Reuters, 75 mil toneladas de matéria-prima petroquímica ao país e vinha da cidade de Ruwais, nos Emirados Árabes.
A Frontline, empresa da Noruega que é dona do navio, afirmou que a embarcação pegou fogo no Golfo de Omã depois de uma suposta explosão. A tripulação era composta de 11 russos, um georgiano e 11 filipinos. Segundo a Reuters, a empresa afirmou que nenhuma poluição marinha foi relatada.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, afirmou no Twitter que " 'suspeito' nem começa a descrever o que provavelmente aconteceu nesta manhã". O país persa recebe a visita do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, que tenta mediar as tensões na região.
Já o presidente iraniano, Hassan Rouhani, afirmou em pronunciamento na TV que "a segurança é de grande importância para o Irã na região delicada do Golfo Persa, no Oriente Médio, na Ásia e no mundo inteiro. Nós sempre tentamos garantir a paz e estabilidade na região", disse o jornal britânico "The Guardian".
O Omã e os Emirados Árabes ainda não se pronunciaram sobre o ocorrido, segundo a Reuters.
A quinta frota naval americana, sediada no Bahrein, disse que prestou ajuda a dois petroleiros no Golfo de Omã depois de receber duas chamadas de socorro. Os detalhes do incidente não estavam claros, mas um dos operadores fez um relato não confirmado de que um torpedo havia atingido seu navio.
As Operações Marítimas Comerciais do Reino Unido, parte da Marinha Real, afirmaram que estão investigando o incidente.
A ministra do Exterior da França, Agnès von der Muhll, pediu que os envolvidos no incidente ajam de forma contida diante da situação. "Também lembramos de nosso apego à liberdade de navegação, que deve ser absolutamente preservada ”, afirmou.
Temores
A associação de embarcações Intertanko — que representa a maior parte da frota de embarcações independentes do mundo, segundo a Reuters — afirmou que há preocupações crescentes pela segurança de navios e suas tripulações que passam pelo Estreito de Ormuz, perto do golfo de Omã.
O estreito é um importante canal estratégico através do qual a quantidade de petróleo equivalente a 20% do consumo mundial viaja, vindo de produtores do Oriente Médio.
"Precisamos lembrar que cerca de 30% do petróleo bruto marítimo do mundo passa pelo estreito. Se as águas estão se tornando inseguras, o fornecimento para todo o mundo ocidental pode estar em risco ", afirmou Paolo d'Amico, presidente da Intertanko.
As tensões na região já foram aumentadas por ataques no mês passado aos ativos petrolíferos do golfo, em meio a uma disputa entre o Irã e os Estados Unidos sobre o programa nuclear de Teerã.
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O relator da proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), apresentou nesta quinta-feira (13), em comissão especial na Câmara, parecer sobre o texto enviado ao Congresso pelo governo federal. O relatório modifica alguns dos principais pontos da matéria.
Antes de seguir para análise do plenário, o parecer do relator ainda precisa ser votado na comissão. As datas de votação não foram definidas. Depois de passar pela Câmara, o texto vai ao Senado.
Por se tratar de uma PEC, são necessários, para a aprovação, votos favoráveis de três quintos do total de parlamentares no plenário das duas cadas (308 votos na Câmara e 49 no Senado), em dois turnos de votação.
No parecer do relator, foram retirados alguns pontos, como mudanças na aposentadoria rural, no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a criação do regime de capitalização. Além disso, ficaram de fora do relatório estados e municípios.
Entenda as mudanças que o relator fez:
Idade mínima para trabalhador urbano
Aposentadoria rural
Professores
Capitalização
Benefício de Prestação Continuada (BPC)
Abono salarial
Salário-família e auxílio-reclusão
Reajuste dos benefícios
Pensão por morte
Estados e municípios ficam fora
Incorporação de adicionais ao salário
Limite de acumulação de benefícios
Encargos trabalhistas
Aposentadoria de magistrados
G1
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A Petrobras deverá trabalhar com reajustes dos preços de combustíveis mais espaçados, afirmou à Reuters nesta quinta-feira (13) a diretora executiva de Refino e Gás Natural, Anelise Lara, que ressaltou acreditar que a sociedade brasileira já entende melhor a política de preços da petroleira estatal.
A afirmação vem após a companhia ter anunciado na véspera uma revisão em suas regras sobre periodicidade das mudanças das cotações. A partir de agora, os reajustes de preços de diesel e gasolina serão realizados sem periodicidade definida.
Segundo a empresa, as alterações ocorrerão de acordo com as condições de mercado e da análise do ambiente externo, possibilitando a companhia competir de maneira mais eficiente e flexível.
"A ideia é não ter periodicidade. Já aprendemos que reajustes diários são ruins. Então vamos trabalhar com reajustes mais espaçados, mas não necessariamente a cada 15 dias", disse a diretora, em uma conversa por telefone.
Em março, em meio a altas do preço do diesel no mercado internacional e ameaças de uma nova greve dos caminhoneiros, a Petrobras havia criado uma regra que impedia que o combustível fóssil fosse alterado nas refinarias em intervalos inferiores a 15 dias.
A revisão da política ocorre, agora, em meio a uma queda nos preços do petróleo e a um real mais forte frente ao dólar, fatores que interferem na decisão da Petrobras. Após anunciá-la a empresa reduziu em 4,6% o preço do diesel.
Questionada se a política de preços poderá mudar de novo se o barril do petróleo voltar a subir, Anelise Lara afirmou: "Não acredito. Acho que a sociedade também já entende melhor essa política de preços".
Reuters
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