Abril 24, 2025
Arimatea

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O Ministério da Educação lançou oficialmente, nesta quarta-feira (17), um programa para reestruturar o financiamento do ensino superior público. A proposta, chamada “Future-se”, amplia a participação de verbas privadas no orçamento universitário.

As instituições poderão fazer parcerias público-privadas (PPP's), ceder prédios, criar fundos com doações e até vender nomes de campi e edifícios, como em estádios. Antes da adesão, haverá consulta pública.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que alunos não terão de pagar mensalidade nas universidades públicas, independentemente da faixa de renda. "Sem mensalidade, sem nada", disse o ministro.

O lançamento ocorre em meio ao contingenciamento de verbas das universidades, anunciado no fim de abril pelo governo. De acordo com a associação que representa os reitores das universidades federais, a Andifes, a medida atinge de 15% a 54% dos recursos que podem ser cortados das universidades federais.

Com o programa, as universidades poderão:

  • Celebrar contratos de gestão compartilhada do patrimônio imobiliário da universidade e da União. As reitorias poderão fazer PPPs, comodato ou cessão dos prédios e lotes;
  • Criar fundos patrimoniais (endowment), com doações de empresas ou ex-alunos, para financiar pesquisas ou investimentos de longo prazo;
  • Ceder os “naming rights” de campi e edifícios, assim como acontece nos estádios de futebol que levam nomes de bancos ou seguradoras;
  • Criar ações de cultura que possam se inscrever em editais da Lei Rouanet ou outros de fomento.

Antes da adesão das universidades, o MEC fará uma consulta pública sobre o Future-se nos próximos 30 dias, pela internet. A área jurídica do ministério ainda estuda quais pontos terão de ser aprovados pelo Congresso Nacional para entrarem em vigor.

"Às vezes, a crise, ela incomoda. Às vezes não, sempre. Ela incomoda, ela faz com que a gente repense as estruturas, a forma de trabalhar, agir, pensar. Mas se ela for bem conduzida, ela permite oportunidades, crescimento, desenvolvimento, revoluções", declarou Weintraub.

Soluções do mercado financeiro
O Future-se, no modelo apresentado nesta quarta, se baseia em uma série de dispositivos do mercado financeiro. Segundo o MEC, essa “carteira de ações” inclui:

Fundo de patrimônio imobiliário
O MEC diz ter recebido R$ 50 bilhões em lotes, imóveis e edifícios da União. Esse patrimônio será convertido em um fundo, e os lotes, cedidos à iniciativa privada. A rentabilidade das construções volta para o fundo, que ficaria disponível para o financiamento. Como exemplo, o MEC citou um lote de 65 mil metros quadrados próximo à Ponte JK, um dos cartões-postais de Brasília.

Microcrédito para startups
O MEC quer incluir no financiamento universitário uma linha de “microcrédito produtivo orientado”. Segundo Lima, hoje, 2% dos depósitos à vista ficam no Banco Central, e já há linhas de crédito para microempreendedores e pessoas em vulnerabilidade. A ideia é estender o modelo para start-ups.

Fundo soberano do conhecimento
Segundo o MEC, todo esse dinheiro será gerido em um “fundo soberano do conhecimento”. O capital privado, além do investimento direto em cada instituição, poderia entrar nesse fundo, de onde seria redistribuído às universidades. Royalties, patentes, parques tecnológicos também aportariam dinheiro nesse fundo.

“A gente quer falar pro empresário: ‘Você está preocupado com Amazônia? Não doe para uma ONG’. A gente quer implantar a ideia do capitalismo social, que é explorar a imagem dos bons investidores que têm preocupação com a educação, mas não querem rasgar dinheiro”, diz Lima.

Modelo 'tudo ou nada'
O ministro também disse que, nos pontos onde o Future-se altera a legislação, as universidades que aderirem ao programa terão que cumprí-lo integralmente – e serão cobradas se não implementarem pontos específicos.

"A situação das universidades não está boa. O programa não é estruturado caso a caso, tailor-made [personalizado]. É pret-à-porter [modelo único]. No que já pode ser feito, a gente não vai penalizar quem fizer ou não fizer", afirmou Weintraub.
"A gente vai querer, sim, ver critérios de desempenho das universidades. Por exemplo, a taxa de evasão. Hoje, mais da metade não conclui o curso", disse ele.

‘Apex da educação’
“A gente quer se transformar na Apex da educação”, disse o secretário de Educação Superior do MEC, Arnaldo Barbosa de Lima Júnior, referindo-se à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, que organiza feiras e eventos ao redor do mundo para promover a produção industrial e agrícola brasileira.

“A gente está querendo exportar a indústria de conhecimento que a gente tem. A educação brasileira pode ser um produto de exportação”, afirmou.

“Queremos sair das amarras da Lei 8.666”, disse Lima, em referência à Lei de Licitações, que define as regras para uma contratação pública e, em geral, é vista como “trava” pelo gestor público.

Descontingenciamento
O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Iago Montalvão, interrompeu a cerimônia e, sem microfone, fez reivindicações ao ministro.

“Precisamos debater como retomar os cortes que foram feitos, como devolver o dinheiro do contingenciamento. Os estudantes estão dispostos a dialogar, mas queremos respostas para hoje (...) Os estudantes estão nos procurando desesperados, porque não conseguem fazer suas pesquisas. Precisamos de uma resposta imediata.”

“É importante que tenha parcerias, mas é importante sobretudo que tenha política pública para a universidade. Nós precisamos salvar a universidade”, afirmou.

Em resposta, o secretário Arnaldo Barbosa disse que a consulta pública está aberta “para ouvir opinião de pessoas como você, que muitas vezes carecem de muita informação.”

O que diz a lei?
O artigo 207 da Constituição Federal prevê que as universidades gozam de “autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial”. Isso significa que nem o MEC nem o setor privado podem, em tese, interferir nos planos de ensino, pesquisa e extensão determinados pelas reitorias.

Já o artigo 213 define que as atividades de pesquisa, extensão e inovação nas universidades “poderão” receber apoio financeiro do poder público. Neste caso, o texto indica que o financiamento direto dessas atividades não é obrigatório.

G1
Portal Santo André em Foco

Qual a quantidade de café que pode ser tomada por dia por quem tem predisposição a ter pressão alta e que não vai ser prejudicial? Uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP) com 533 pessoas da cidade de São Paulo apontou que mais de três xícaras, das de 50 ml, podem aumentar em até quatro vezes a possibilidade de o problema se manifestar. Tomar até três xícaras, no entanto, traz benefícios e ajuda a evitar doenças cardiovasculares.

Pós-doutoranda no Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP (FSP-USP), a nutricionista Andreia Machado Miranda, principal autora do estudo, disse que os hábitos do indivíduo e a predisposição genética, isoladamente, já são fatores de risco conhecidos para a pressão arterial, mas ela e a equipe de pesquisadores se debruçaram nos impactos do consumo excessivo de café por pessoas saudáveis, mas com predisposição genética a ter hipertensão.

Para isso, utilizaram como base o Inquérito de Saúde do Município de São Paulo (ISA-Capital 2008), que foi realizado com 3 mil pessoas. "É um estudo muito completo com dados de estilo de vida, coleta de sangue e de DNA, informações bioquímicas e aferição da pressão arterial. Definimos como pressão arterial normal valores abaixo de 140 por 90 milímetros de mercúrio (mmHg). Acima disso, era considerado pressão alta", explica a pesquisadora.

O grupo desenvolveu escores genéticos de risco e analisou o consumo de café dos participantes (menos de uma xícara, entre uma e três xícaras, e mais de três xícaras), além da pressão arterial deles.

"O consumo médio foi de duas xícaras e meia de café por dia. Nenhum dos participantes relatou o consumo de café descafeinado e quatro indivíduos falaram que consomem café expresso. O café é complexo. Ele é constituído por mais de 2 mil compostos químicos, entre eles, a cafeína, que aumenta os níveis da pressão arterial."

A pesquisa mostrou que o grupo que tinha a pontuação mais elevada no escore genético e que bebia mais de três xícaras de café, a possibilidade de ter pressão alta era quatro vezes maior do que de quem não tinha a predisposição.

"Como a maior parte da população não sabe se tem a predisposição, porque são dados de exames que não são habitualmente feitos, a pesquisa pode ajudar toda a população a saber qual o consumo adequado que deve ser feito de café", diz Andreia, que já realizou estudos sobre os efeitos do consumo da bebida.

Efeito protetor

"Em todos os nossos estudos, constatamos o efeito protetor para a parte cardiovascular. O café é rico em polifenóis, compostos bioativos que têm ação no organismo e só existem nos alimentos de origem vegetal. O organismo não produz. Diversos estudos têm mostrado uma contribuição na redução de doenças crônicas, como a cardiovascular. Por causa do poder antioxidante, melhora a vasodilatação e permite que a pressão arterial não aumente."

Outro estudo realizado por Andreia apontou que o consumo de uma a três xícaras por dia traz benefícios para a saúde cardiovascular, como a regulação de um aminoácido chamado homocisteína, que está relacionado com episódios de enfarte e acidente vascular cerebral (AVC).

A pesquisa, apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), foi publicada na revista Clinical Nutrition.

O próximo passo do estudo é verificar o impacto do consumo de café em pacientes que já têm doenças cardiovasculares. "Agora, vamos identificar os efeitos nos pacientes que já sofreram um episódio de enfarte agudo do miocárdio ou angina instável e qual vai ser o impacto na sobrevida desses pacientes", disse.

A previsão é de analisar, no período de quatro anos, dados de 1.085 pacientes atendidos no Hospital Universitário da USP.

Agência Estado
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Pesquisadores norte-americanos descobriram por meio de análises de DNA que a anorexia nervosa não é apenas um distúrbio psiquiátrico.

A doença faz com que o paciente tenha uma preocupação excessiva com o peso e a forma física, fazendo com que emagreça muito além do que deveria.

Amostras de material genético de quase 17 mil pessoas com anorexia nervosa e de outros 55 mil indivíduos saudáveis foram estudadas e se encontrou uma relação da doença com o funcionamento do organismo.

"Quando pensamos em anorexia nervosa, precisamos pensar que não é apenas um distúrbio psiquiátrico, mas também metabólico", afirmou a pesquisadora Cynthia Bulik, supervisora do estudo, à rede de TV norte-americana CNN.

A descoberta é importante porque hoje se trata a anorexia basicamente com terapia comportamental. No futuro, médicos poderão se ater aos componentes metabólicos da doença.

Agora, o desafio dos pesquisadores é identificar qual é o peso desses componentes metabólicos no transtorno.

A taxa de mortalidade da anorexia é de cerca de 20%, o que torna a doença mais letal do que o câncer de mama, por exemplo.

R7
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Estão abertas inscrições para um curso de manutenção de dispositivos móveis, oferecido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Campina Grande, com o apoio do Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB). São oferecidas 64 vagas, das quais 32 são gratuitas e para jovens de baixa renda.

As inscrições poderão ser realizadas até 2 de agosto. No curso, os alunos aprendem sobre conserto de tablets, notebooks, smartphones e sistemas Android e iOS. As aulas começam em agosto, para a primeira turma, e em novembro, para a segunda.

Para a inscrição gratuita, o candidato deve apresentar documentos comprovando a condição socioeconômica. No período do curso, será disponibilizado aos alunos de baixa renda transporte público para o Senai de Campina Grande e fornecimento de lanche no horário do intervalo.

Inscrições
Para se inscrever, o candidato deve ter idade mínima de 16 anos e estar cursando pelo menos o 7º ano do ensino fundamental, além de comprovar experiência e/ou certificação em informática básica.

As inscrições são realizadas no Senai de Campina Grande (Centro de Educação Profissional Professor Stenio Lopes, situado na Rua Dom Pedro II, 788, bairro da Prata), no período de 15 de julho a 2 de agosto de 2019, das 7h30 às 10h30 e das 13h30 às 16h30.

Prova de seleção
A prova de seleção será aplicada no próximo dia 7 de agosto, das 14h às 16h, no Senai de Campina Grande. O candidato deverá comparecer ao local de realização das provas com documento oficial de identificação com foto. O resultado final será divulgado no dia 13 de agosto, no site da Fiep e no mural do Senai de Campina Grande.

G1 PB
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Estão abertas as inscrições para 80 vagas no curso técnico em Agronegócio, oferecido gratuitamente pelo Senar Paraíba. As oportunidades são para os polos nas cidades de Campina Grande e Alagoa Grande. A inscrição no processo seletivo 2019.2 é gratuita e realizada no site do Senar.

O prazo para se candidatar a uma das vagas segue até o próximo dia 22. O curso, com dois anos de duração, tem 80% das aulas disponibilizadas no portal Rede e-Tec Brasil na Paraíba e 20% de aulas presenciais no polo de escolha do aluno e em visitas técnicas em propriedades rurais e agroindústrias. A duração total é de 1.230 horas-aula.

G1 PB
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (17) durante discurso na 54ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, na cidade de Santa Fé, na Argentina, que o bloco deve se concentrar em três áreas, sendo uma delas as negociações externas, com "zelo nas indicações das embaixadas".

Segundo o presidente, está definido que seu filho Eduardo Bolsonaro (PSL-PS) será indicado para assumir a embaixada do Brasil nos Estados Unidos. Para assumir o posto em Washington, Eduardo terá de ser aprovado pelo Senado e precisará renunciar ao mandato parlamentar.

"Compartilhamos aqui entre nós a visão de que para cumprir o seu papel de um motor do desenvolvimento, o nosso bloco deve concentrar-se em três áreas: As negociações externas, aí com o grande apoio do meu ministro das Relações Exteriores, no zelo das indicações das embaixadas, também sem mais o viés ideológico do passado, e quem sabe um grande embaixador nos EUA brevemente. Então, focamos nisso, na nossa tarifa externa comum, em nossa reforma institucional", declarou o presidente.

A legislação permite ao presidente de República indicar embaixadores que não são diplomatas para chefiar embaixadas no exterior. Segundo Bolsonaro, entre as etapas que faltam para oficializar a nomeação, está uma consulta que deve ser feita ao governo norte-americano.

Mercosul
Esta é a primeira participação de Bolsonaro em uma reunião de cúpula do grupo. O Brasil assumiu, neste encontro, o comando rotativo do Mercosul pelos próximos seis meses.

Durante o discurso, Bolsonaro destacou que o Mercosul deve dedicar especial atenção às negociações externas, na revisão da tarefa externa comum e na reforma institucional do bloco sul-americano.

"Quero aproveitar a ocasião para afirmar o compromisso do meu governo com a modernização e abertura do nosso bloco, fazendo dele instrumento de comércio com o mundo sem o viés ideológico, que eu tanto critiquei enquanto parlamentar", disse.

Bolsonaro defendeu um Mercosul mais "enxuto" e "dinâmico" e citou como benefício que o bloco pode dar aos cidadãos o acordo assinado para isenção de roaming internacional nas chamadas em serviços de telecomunicação entre os países do grupo.

"Realmente, não tinha cabimento, quem estava na faixa de fronteira, ser taxado mais uma vez pelo uso do seu celular", disse Bolsonaro.

Roaming internacional
O presidente comemorou acordo assinado entre Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai que prevê o fim da cobrança de "roaming" internacional no bloco do Mercosul.

"Aproveito para felicitar o presidente Macri [da Argentina] pelo importante acordo que assinamos nesta cúpula de eliminação da cobrança de uso de telefones celulares para quem circula entre os nossos países", disse Bolsonaro.

O acordo já havia sido anunciado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e foi confirmado durante a Cúpula do bloco econômico.

Acordos comerciais e união aduaneira
Bolsonaro afirmou que, à frente da presidência do Mercosul nos próximos seis meses, avançará em negociações por outros acordos comerciais e deu como exemplo vínculos com Canadá, Singapura, Coreia do Sul e Associação Europeia de Livre Comércio.

O presidente defendeu avanços relacionados a compras governamentais, comércio de serviço e regras sanitárias. Bolsonaro defendeu uma união aduaneira "completa e acabada" com a inclusão de automóveis e açúcar.

"Atuaremos de igual maneira pelo fim das repetidas prorrogações dos regimes especiais. Ou as tarifas são comuns ou não são. Não queremos uma união aduaneira pela metade", discursou.

União Europeia
A reunião de chefes de Estado do Mercosul, na Argentina, foi a primeira desde o anúncio do acordo comercial entre o bloco e a União Europeia.

Em discussão há duas décadas, o acordo está em fase de revisão técnica e jurídica e, para entrar em vigor, precisará ser aprovado pelos parlamentos dos países envolvidos.

"Trata-se, então, da pedra fundamental de toda uma nova arquitetura de acordos de livre-comércio, o primeiro passo rumo à abertura do Mercosul para o mundo", afirmou o presidente.

Bolsonaro afirmou que o acordo trará benefícios para os países envolvidos e creditou parte do sucesso nas negociações aos esforços do governo do ex-presidente Michel Temer no Brasil.

O presidente lembrou, ainda, que o anúncio foi feito em junho, enquanto ocorria reunião do G20 no Japão, e elogia a atuação de Macri, à frente do Mercosul, nas conversas. "O Macri foi 10 para todos nós lá em Osaka", disse Bolsonaro.

Venezuela
Bolsonaro abordou a situação da Venezuela durante o discurso. O país está suspendo do bloco e parte da comunidade internacional não reconhece o governo de Nicolás Maduro, dando apoio ao líder opositor Juan Guiadó.

"Não queremos em nem mais um país aqui da América do Sul o que infelizmente vem acontecendo com a nossa Venezuela. A gente pede a Deus que nos dê força e inteligência e que o destino da Venezuela seja o nosso hoje em dia: democracia, liberdade e prosperidade", afirmou Bolsonaro.

O presidente afirmou que não há espaço na América do Sul para regimes autoritários.

G1
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O PDT decidiu nesta quarta-feira (17) abrir processo para decidir a punição aos oito deputados da sigla que contrariaram determinação partidária e votaram a favor da reforma da Previdência. O partido decidiu também que até o fim do processo os deputados ficarão suspensos de suas atividades partidárias.

De acordo com o presidente do PDT, Carlos Lupi, a suspensão significa que os parlamentares não poderão representar o partido nas direções estaduais e nacional, no Congresso, e também não poderão usar a legenda do PDT. O partido ainda vai decidir se eles poderão ocupar vagas em comissões na Câmara.

O processo para apurar a conduta dos deputados deve durar de 45 a 60 dias. Umas das punições possíveis é a expulsão do partido, mas os parlamentares também podem sofrer sanções mais brandas, como uma advertência.

Os deputados do PDT que foram temporariamente suspensos são:

  • Alex Santana (BA)
  • Flávio Nogueira (PI)
  • Gil Cutrim (MA)
  • Jesus Sérgio (AC)
  • Marlon Santos (RS)
  • Silvia Cristina (RO)
  • Subtenente Gonzaga (MG)
  • Tabata Amaral (SP).

Segundo o estatuto do PDT, a pena de expulsão pode ser aplicada a filiados no caso de desrespeito à legítima deliberação ou diretriz adotada pelo partido. Em março, o PDT fechou questão contra a reforma da Previdência.

Lupi disse que, caso os deputados "evoluam" e voltem atrás na votação do segundo turno da reforma, prevista para agosto, o partido poderá levar em consideração a mudança de postura.

“Como o processo não está esgotado, tem o segundo turno, e nós acreditamos que o ser humano é o único ser vivo capaz de evoluir, quem sabe alguns evoluem, ouçam o que está se fazendo de maldade com a base da sociedade que ganha até R$ 3 mil, R$ 2,5 mil, voltem atrás e voltem para o partido. É claro que a situação de qualquer um dos oito que voltar atrás nessa posição equivocada inicialmente será considerada como uma forte opção pelo partido”, afirmou o presidente do PDT.

Na segunda-feira (15), o PSB também decidiu abrir processo para definir a situação dos deputados da sigla que, contrariando determinação partidária, votaram a favor da reforma da Previdência.

Candidaturas ligadas a grupos
Além de abrir o processo disciplinar e suspender as atividades de representação dos parlamentares até a definição sobre qual punição será aplicada, o PDT decidiu não aceitar nas próximas eleições candidaturas que tenham como patrocínio grupos particulares, como o Renova BR, do qual faz parte a deputada Tabata Amaral.

De acordo com Lupi, tratam-se de “grupos clandestinos” que querem substituir os partidos.

“Tem 37 partidos. Se organizem como um partido. Desacreditando, fazendo o que quiser. Faça um partido. É tão simples fazer. Tem 37. Filie-se a um partido, faça um partido e divulgue as suas ideias. Agora, a gente assistir a uma nota de grupo dizendo como parlamentar do PDT deve votar é um acinte à democracia e às instituições partidárias, e que nós não aceitamos mais. Nem sequer daremos legenda. Essa foi a decisão tomada”, declarou.

“O partido não dará legenda, nem a vereador, nem a deputado, nem a nenhum filiado do partido que tenha financiamento clandestino, financiamento patrocinado por organizações pessoais, privadas, particulares, de gente muito poderosa, que se utiliza de grupos para financiar e ter o voto de parlamentares dentro da sigla do PDT”, concluiu Lupi.

G1
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Uma operação policial que terminou com a prisão de 18 pessoas na ilha da Sicília, na Itália, e de Thomas Gambino, em Nova York, revelou as novas conexões entre uma das famílias da Cosa Nostra, a máfia siciliana, e os Gambino nos Estados Unidos.

Durante a madrugada na Itália, a Polícia de Palermo e o FBI prenderam 19 pessoas sob a acusação de associação criminosa, extorsão agravada e transferência fraudulenta de bens e valores.

A polícia explicou que as investigações permitiram conhecer os contatos entre a família mafiosa de Passo dei Rigano, em Palermo, e a Gambino Crime Family de Nova York.

Entre os detidos estão Tommaso Inzerillo e seu primo Francesco, que tiveram que fugir para os EUA após uma guerra da máfia nos anos 1980.

Ao retornar à Itália, no começo de 2000, os dois primos Inzerillo conseguiram estabelecer contatos com alguns dos últimos membros de um grupo rival, os irmãos Gaetano e Giuseppe Sansone, e reconstruir as fileiras da família mafiosa de Passo dei Rigano.

Desde esta cidade, controlavam distribuidoras de alimentos, gerenciavam jogos de apostas e sorte e também praticavam extorsões.

As investigações também documentaram as relações estáveis entre os mafiosos de Passo dei Rigano e membros da família Gambino, como Frank Cali (assassinado em março em Nova York), e Thomas Gambino.

Thomas Gambino, um dos chefes do clã, cumpre prisão domiciliar em sua residência de Staten Island, segundo o comunicado.

Foi encontrado um vídeo de agosto de 2018 no qual Gambino, de Nova York, e Tommaso Inzerillo conversam em um bote no mar da Sicília. Eles falam sobre como dividir os lucros da venda de um terreno na República Dominicana que estava em nome de Frank Cali.

Dois intermediários faziam contatos entre os sicilianos e os americanos.

G1
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O traficante de drogas mexicano Joaquín "Chapo" Guzmán, conhecido como "El Chapo", foi sentenciado nesta quarta-feira (17) à prisão perpétua, por um tribunal federal em Nova York, nos Estados Unidos. Ele deverá recorrer da sentença, segundo informou seu advogado.

Além da prisão perpétua, Chapo, um dos fundadores do cartel de Sinaloa, considerado o maior do mundo, foi sentenciado a mais 30 anos de prisão por porte de armas de fogo e a entregar US$ 12,6 bilhões (R$ 47,4 bilhões), disseram os procuradores.

O traficante tinha sido preso em 2016 e extraditado do México para os Estados Unidos em 2017. Desde então, ele ficou praticamente isolado do mundo exterior, em prisão solitária, por ter um histórico de fugas de cadeias mexicanas.

A sentença dada nesta quarta-feira ocorre cinco meses após o júri popular que, em fevereiro deste ano, considerou o traficante culpado por dez acusações feitas pelos procuradores norte-americanos (leia mais abaixo).

"É justiça não só para o governo mexicano, mas para todas as vítimas de Guzmán [Chapo] no México", disse Raymond P. Donovan, agente encarregado do escritório de Nova York da Administração de Repressão às Drogas, que teve papel fundamental em duas prisões do traficante, segundo o "The New York Times".

Momentos antes de a sentença ser anunciada, El Chapo falou, por meio de um tradutor, sobre os dois anos e meio que passou em uma prisão americana. Ele não havia se pronunciado durante o júri de fevereiro.

"Foi uma tortura mental, emocional e psicológica 24 horas por dia", declarou nesta quarta. Ele afirmou ter sido submetido a tratamento "cruel e desumano" , segundo a agência de notícia Reuters.
Chapo também declarou que um julgamento justo lhe tinha sido negado.

Penitenciária de segurança máxima
A expectativa, segundo a imprensa americana, é de que o traficante cumpra a sentença na Instalação Máxima Administrativa Penitenciária dos Estados Unidos, no Colorado, que é conhecida como ADX, a mais restritiva no país. Ninguém conseguiu escapar de lá desde que foi inaugurada, em 1994.

Se ficar preso na ADX, conhecida como a "Alcatraz dos Estados Montanhosos", El Chapo estará no mesmo lugar que o "Unabomber" e autores de diversos atentados, como o 11 de setembro e o da maratona de Boston, em 2013.

Os presos desta penitenciária ficam confinados cerca de 23 horas por dia em celas solitárias, cada uma com uma janela estreita de cerca de 107 centímetros de altura e anguladas para cima, de modo que apenas o céu é visível.

Os prisioneiros não podem se movimentar sem serem escoltados, e contagens de cabeça são feitas pelo menos seis vezes por dia.

Tráfico para os EUA por 25 anos
Em fevereiro, quando o júri declarou El Chapo culpado, uma das dez acusações às quais ele respondia era traficar ou tentar traficar mais de 1.250 toneladas de drogas aos Estados Unidos, principalmente cocaína.

À época do julgamento, ele também foi condenado por conspiração — para lavagem de dinheiro e tráfico de drogas —, uso de armas de fogo e por liderar empreendimento criminoso. Esta última condenação inclui 26 violações relacionadas a drogas e uma conspiração para assassinato.

Restava, no entanto, que fosse anunciada a duração da sentença.

As provas do processo contra ele, coletadas desde a década de 80, mostraram que, sob suas ordens, o cartel de Sinaloa contrabandeou drogas para os EUA durante os 25 anos em que Chapo esteve ativo.

Além disso, afirmaram os procuradores, seu "exército de sicários" — termo usado em cartéis latino-americanos para matadores de aluguel — tinha ordens de ordens de sequestrar, torturar e assassinar qualquer um que ficasse em seu caminho.

Nesta quarta, antes do anúncio da sentença, uma ex-sócia do traficante descreveu como ele pagou US$ 1 milhão (R$ 3,76 milhões) a uma gangue para que ela fosse executada.

26 pessoas ou grupos mortos por Chapo
O julgamento de fevereiro durou 11 semanas, e a identidade dos jurados foi mantida em segredo. A acusação se baseou, principalmente, em depoimentos de testemunhas. Os jurados ouviram 200 horas de declarações de 56 testemunhas, incluindo 14 testemunhas cooperantes, em sua maioria traficantes e sócios no cartel de Sinaloa.

Um ex-matador de Chapo, Isaías "Memín" Valdez Ríos, garantiu que viu o próprio chefe torturar e executar três traficantes rivais. Um deles foi enterrado vivo depois de ser baleado pelo líder criminoso, outros dois foram espancados a pauladas antes de serem executados e lançados numa fogueira.

A procuradoria garante que el Chapo mandou matar ou torturou e assassinou com as próprias mãos pelo menos 26 pessoas ou grupos de pessoas.

Túnel para levar drogas e subornos
Segundo as provas obtidas pelos procuradores, Chapo levava as drogas para os EUA através de túneis ou escondidas em caminhões-tanque, na parte inferior de carros ou embaladas em vagões de trem que passavam por pontos de entrada legítimos. Além de cocaína, o mexicano também levava heroína, metanfetamina e maconha para os EUA.

Dois ex-sócios do Chapo contaram como subornaram com milhões de dólares em dinheiro funcionários do alto escalão do governo mexicano para encontrar rivais, expandir o negócio e fugir das autoridades, bem como da polícia judiciária, federal e municipal, militares e até da Interpol.

Uma testemunha disse, inclusive, que El Chapo pagou US$ 100 milhões de propina ao ex-presidente do México Penã Nieto. Segundo outro depoimento, o narcotraficante drogava e estuprava meninas de 13 anos.

Durante o julgamento, a argumentação da defesa durou apenas meia hora, quando os advogados afirmaram que as testemunhas eram apenas mentirosos tentando reduzir as próprias sentenças. O próprio Chapo não argumentou em defesa própria.

Negócio aos 15 anos
Joaquín Archivaldo Guzmán Loera nasceu em 4 de abril de 1957 em uma família humilde em La Tuna, pequeno povoado rural de Badiraguato, no pobre e violento estado mexicano de Sinaloa. O apelido "El Chapo" significa "o baixinho", em português.

Em um encontro clandestino em outubro de 2015, ele contou ao ator americano Sean Penn (veja vídeo abaixo) que, quando criança, vendia laranjas, refrigerantes e doces para ajudar sua família, que era "muito pobre".

Aos 15 anos, ele cultivava e vendia maconha e papoula, um negócio que florescia em seu povoado agrícola. Adolescente, El Chapo foi recrutado pelo chefe do cartel de Guadalajara, Miguel Angel Félix Gallardo. Quando Gallardo foi preso, em 1989, Chapo fundou com três sócios o cartel de Sinaloa, que cresceu de forma meteórica até se tornar o maior do mundo.

Com o passar do tempo, o mexicano se tornou o traficante de drogas mais procurado do mundo, acusado de enviar entorpecentes da América Latina para Estados Unidos, Europa e Ásia.

Lista de bilionários da Forbes
Até 2013, a revista "Forbes" o colocava em sua famosa lista de bilionários, estimando sua fortuna em US$ 1 bilhão (cerca de R$ 3,76 bilhões). Ele permaneceu no ranking por vários anos seguidos.

Embora o estado de Sinaloa tenha criado uma imagem de Robin Hood para o traficante, atribuindo a ele muitas obras sociais para a população local, El Chapo era considerado impiedoso com rivais e traidores.

Mesmo com a queda de Chapo, o cartel de Sinaloa tinha, no ano passado, a maior distribuição nos Estados Unidos, de acordo com o órgão de repressão às drogas americano.

Prisões e fugas
A partir de 1993, a situação começou a se complicar e, em junho daquele ano, El Chapo foi detido pela primeira vez, na Guatemala, e levado para uma prisão mexicana.

Ele fugiu oito anos depois, em 2001, dentro de um carrinho de roupa suja. Passou a viver de esconderijo em esconderijo nas montanhas de Sinaloa, protegido por um exército privado.

Voltou a ser preso em fevereiro de 2014, quando estava com sua esposa e filhas em Mazatlán, Sinaloa. Mas, 14 meses depois, fugiu novamente, desta vez por um túnel de 1,5 km cavado sob o ralo do chuveiro de sua cela.

As autoridades dizem que sua queda pela atriz mexicana Kate del Castillo, com quem trocou mensagens sugestivas e que conseguiu o encontro entre El Chapo e Penn, levou à sua localização e prisão final em janeiro de 2016, até a sua extradição aos Estados Unidos um ano depois.

G1
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Homens armados atacaram nesta quarta-feira (17) um restaurante em Erbil, a capital do Curdistão iraquiano, matando três pessoas.

Ancara confirmou a morte de um funcionário de seu consulado no ataque. A France Presse afirmou, citando uma fonte policial, que se trata do vice-cônsul turco.

"Daremos a resposta apropriada aos autores deste ataque covarde", disse o porta-voz do presidente Recep Tayyip Erdogan, Ibrahim Kalin, falando no Twitter.

G1
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