Setembro 29, 2024

Dólar opera em alta e bate R$ 4,15 após decisão do STF e com cautela sobre guerra comercial

O dólar opera em alta pelo terceiro dia seguido nesta sexta-feira (8), com incertezas sobre um acordo entre Estados Unidos e China no exterior e com os investidores avaliando os impactos políticos da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de derrubar a possibilidade de prisão depois de condenação em segunda instância.

Às 15h04, a moeda norte-americana subia 1,42%, a R$ 4,1497. Na máxima até o momento, foi a R$ 4,1571. Veja mais cotações.

No dia anterior, o dólar fechou em alta de 0,25%, a R$ 4,0914, em meio a frustração dos investidores com os resultados dos leilões do pré-sal. Na parcial do mês, acumula alta de 2,04%. No ano, a valorização é de 5,61% frente ao real.

Cenário político e leilões
Na quinta-feira, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a possibilidade de iniciar a execução de pena de prisão após condenação em segunda instância, o que deve abrir caminho para levar à liberdade o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão também está sendo vista por analistas como uma derrota da operação Lava Jato.

"Os ruídos políticos trazem uma certa cautela em semana marcada pelo leilão decepcionante do pré-sal", disse à Reuters Pablo Spyer, diretor da Mirae Assets. "Diminuiu o ímpeto otimista da queda do dólar."

A frustração com o resultado dos leilões do pré-sal, marcados pela ausência de participação de empresas privadas estrangeiras, pegou no contrapé boa parte do mercado que estava vendida na moeda americana, o que significa que a correção pode se estender pelos próximos pregões.

A corretora H. Commcor destacou em nota que "as reações no mercado tendem a ser negativas, tanto pela sensação de insegurança jurídica quanto pelo chamado 'risco Lula'". "Nesse último aspecto, deve-se expor primeiramente a potencial instabilidade política adicional que a esquerda (fortalecida) promete, tanto em atritos com a atual gestão (politicamente fraca) quanto em termos da disputa presidencial para 2022", afirmou.

Guerra comercial
No exterior, a cautela prevalecia após uma notícia da Reuters sugerindo que autoridades da Casa Branca se opõem à revogação de tarifas sobre Pequim levantar incertezas sobre a primeira fase de um acordo comercial.

Na quinta-feira, autoridades dos EUA e da China disseram que os dois países irão reverter as tarifas sobre os produtos um do outro na "fase um" de um acordo comercial se ele for finalizado.

G1
Portal Santo André em Foco

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