Abril 20, 2025
Arimatea

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O ovo ficou 19,44% mais caro nos supermercados na prévia da inflação de março em relação a fevereiro, aponta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado do ano, os preços já subiram 25,88%.

O IPCA-15 leva em conta a variação de preços entre o dia 16 do mês anterior ao dia 15 do mês da divulgação do indicador.

Especialistas dizem que o aumento é impulsionado pelo custo do milho, calor intenso e demanda aquecida na Quaresma, os 40 dias que antecedem a Páscoa.

Segundo produtores, o preço deve se normalizar até o fim da Quaresma. Nesse período, os católicos costumam diminuir o consumo de carne vermelha, o que aumenta a demanda por ovo. Por outro lado, economista aponta que a forte demanda pode continuar após esse período. Veja detalhes abaixo.

Quaresma, custos de produção e clima
Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), é normal que o preço do ovo aumente antes e durante a quaresma, já que, nesse período, "há uma substituição do consumo de carnes vermelhas por proteínas brancas e por ovos".

Tabatha Lacerda, diretora administrativa do Instituto Ovos Brasil (IOB), diz que isso, de fato, costuma acontecer, mas que a alta de preço pré-Quaresma veio um pouco antes do esperado.

"O efeito da Quaresma demora um pouco para aparecer, então foi uma surpresa", comenta Tabatha.

O IOB é uma organização sem fins lucrativos mantida por empresas e associações do setor.

A alta do preço em fevereiro fez com que houvesse uma pequena retração nas vendas de ovos no atacado, informa o Cepea.

No Espírito Santo, por exemplo, a quantidade menor de negociações criou uma pressão por descontos no estado. Contudo, a instituição acredita que a demanda voltará a crescer por causa da Quaresma, o que pode evitar uma redução significativa nos valores.

Para a diretora do IOB, um dos principais motivos que explica a alta recente é o avanço do custo de produção. "O milho, por exemplo, já aumentou 30% desde julho de 2024. E a alimentação das galinhas é feita, basicamente, com milho", diz Tabatha.

Em nota, a ABPA acrescentou que o custo com embalagens aumentou "mais de 100%" nos últimos oito meses, e que as temperaturas em níveis históricos "têm impacto direto na produtividade das aves".

Segundo o Cepea, outro fator importante para o encarecimento é a baixa disponibilidade de ovos para venda.

Preço vai baixar depois da Quaresma?
Os produtores representados pela ABPA esperam que o preço do ovo se normalize até o fim da Quaresma.

Por outro lado, o analista da Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias diz que isso não é uma garantia. Isso porque, em sua avaliação, mais que o "efeito Quaresma", o que tem sustentado a forte demanda por ovos é o aumento dos preços das carnes bovinas, de frango e suínas.

Quando a inflação desses alimentos aumenta, é comum que o consumidor opte pelos ovos.

"O que a gente precisa monitorar é o comportamento do mercado em relação às proteínas concorrentes. Se os preços da carne bovina, de frango, seguirem em patamares muito proibitivos, mesmo depois da Quaresma, nós ainda vamos perceber o mercado de ovos inflacionado", diz Iglesias.

"Talvez o movimento de alta acabe perdendo intensidade, mas nós não vamos ver quedas abruptas de preço até porque a tendência deste ano é de menor produção de carne bovina", destaca o analista do Safras.

Ainda sobre a demanda por ovos, Tabatha, do IOB, comenta que a instituição tem percebido que, ao longo dos últimos anos, a população tem optado mais pelo ovo como uma proteína básica. "Antes ele era só um acompanhamento", destaca.

"A gente teve um aumento significativo de consumo nos últimos anos. Em 2023, por exemplo, o consumo foi de 242 unidades per capita (por pessoa), subindo para 269 unidades em 2024, com uma expectativa de alcançar 272 unidades por pessoa em 2025", afirma.

Exportação está mexendo com preços?
Tabatha afirma que ainda não é possível fazer essa afirmação.

Ela diz que houve sim um aumento das vendas externas a partir dezembro, influenciada pela situação da gripe aviária dos EUA – que tem dizimado a produção local –, mas que essa alta de preço recente ainda não tem relação com as exportações.

"As exportações de ovos têm efeito praticamente nulo sobre a oferta interna, já que representam menos de 1% das 59 bilhões de unidades que deverão ser produzidas este ano", complementa a ABPA.

g1
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da venda da pasta de dente Colgate Clean Mint em todo o país, após relatos de efeitos adversos em consumidores. A determinação foi publicada no Diário Oficial nesta quinta-feira (27).

Segundo a Anvisa, foram oito notificações registradas, envolvendo 13 eventos adversos relacionados ao uso dessa pasta. Entre os principais sintomas relatados, estão:

  • inchaço nas amígdalas, lábios e mucosa oral;
  • sensação de ardência e dormência nos lábios e na boca;
  • boca seca;
  • gengiva irritada
  • e vermelhidão.

Colgate Clean Mint
A pasta interditada é a Clean Mint, uma nova versão de um dos cremes dentais mais populares da marca, a Colgate Total 12. A empresa anunciou uma mudança na fórmula e no nome.

A marca ainda pode recorrer da decisão. O g1 procurou a Colgate, mas não havia recebido resposta até a última atualização desta reportagem.

g1
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A proposta do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de reforma do Imposto de Renda "parte de um objetivo compreensível de promover mais justiça fiscal", mas "apresenta uma série de problemas que podem causar mais distorções do que benefícios".

A avaliação consta em estudo do Centro de Liderança Pública (CLP), uma organização suprapartidária que discute questões centrais do país. O documento é assinado por Daniel Duque, da Inteligência Técnica da entidade.

Para o CLP, é preciso "repensar a proposta, buscando alternativas que efetivamente tornem a tributação mais justa e progressiva, sem onerar em demasia a produção nem criar saltos bruscos na carga de Imposto de Renda para determinadas faixas de rendimento".

  • Na semana passada, o governo federal propôs ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda, a partir de 2026, de R$ 2.824 para R$ 5 mil. Com isso, cerca de 10 milhões de contribuintes deixariam de pagar IR.
  • Além de ampliar a faixa de isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês, a equipe econômica também propôs uma isenção parcial para valores entre R$ 5 mil e R$ 7 mil por mês.
  • Para compensar a perda de arrecadação com a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para rendimentos até R$ 5 mil mensais, o governo pretende taxar os super ricos, ou seja, aqueles com renda mensal superior a R$ 50 mil — o equivalente a R$ 600 mil por ano.

Peso dos impostos sobre a renda
A equipe econômica informou que a proposta do governo visa manter o atual patamar da carga tributária sobre a renda no Brasil, ou seja, não busca reduzi-la e nem elevá-la.

A tributação sobre as rendas, principalmente as mais elevadas, é uma forma de tentar conferir progressividade ao sistema tributário, ou seja, dar um peso maior à tributação de quem ganha mais. Essa é considerada uma forma mais justa de tributação.

No Brasil, dados da Receita Federal (abaixo) mostram que o país tributa menos a renda que outros países. E a proposta do governo Lula não altera o peso dessa tributação.

Já a reforma tributária sobre o consumo, realizada nos últimos anos e praticamente concluída, embora simplifique o ambiente de negócios e impulsione a economia, manteve o Brasil entre os países com maior peso dos impostos sobre consumo na arrecadação.

A consequência da concentração maior da carga tributária brasileira sobre o consumo no Brasil é o alto grau de "regressividade" (se arrecada proporcionalmente mais de quem ganha menos).

"Apesar de o objetivo de aliviar a carga tributária para as faixas de renda mais baixas ser louvável, é preciso considerar o contexto mais amplo do sistema tributário brasileiro. O País já se destaca de forma negativa por depender menos do Imposto de Renda do que outras nações, e, para compensar essa lacuna, acaba recorrendo a alíquotas elevadas em tributos sobre a folha de pagamentos e o consumo", diz o estudo do CLP.

  • A entidade avaliou, ainda, que os impostos sobre salários, considerados elevados no Brasil, "aumentam os custos para a contratação formal, reduzindo a competitividade das empresas e, em muitos casos, empurrando trabalhadores para a informalidade".
  • E que, enquanto o Brasil cobra menos Imposto de Renda em relação a outros países, onera desproporcionalmente o consumo e a contratação de mão de obra.

Durante debate na Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE) nesta semana, o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, admitiu que a proposta de reforma da Renda do governo ainda tem de avançar na questão da progressividade, ou seja, em reduzir o peso dos impostos sobre os mais pobres.

"A gente ainda precisa chegar na discussão da progressividade no Brasil, a gente está na discussão da equidade ainda. A gente tem, infelizmente, uma parcela muito pequena da população que paga menos imposto que a grande maioria dos brasileiros, e a gente precisa corrigir isso", disse Marcos Pinto, do Ministério da Fazenda, nesta semana.

Quem será beneficiado?
O estudo da CLP também observa que "uma parcela considerável da população brasileira de renda mais baixa já não paga, ou paga muito pouco, Imposto de Renda".

De acordo com números do IBGE, com base em empregos formais e informais na economia, quase 70% dos trabalhadores já ganham até dois salários mínimos no Brasil, ou seja, já são beneficiados pela isenção do IR pelas regras atuais.

Com isso, somente 32% dos trabalhadores brasileiros, justamente aqueles com maior renda no país, seriam beneficiados pela ampliação da faixa de isenção do IR para R$ 5 mil, e por uma tributação menor entre R$ 5 e R$ 7 mil.

"Nesse contexto, ampliar ainda mais essa isenção pode aprofundar o desequilíbrio na arrecadação de um tributo que, em muitos lugares do mundo, é fundamental para a progressividade do sistema. Nesse sentido, embora se justifique reduzir a carga para quem efetivamente ganha menos, a escolha de expandir a isenção no IR acaba por reforçar uma distorção histórica do sistema tributário brasileiro", avalia a CLP, no estudo.
Segundo o documento, seria mais interessante discutir a redução de impostos que pesam mais sobre as camadas de renda mais baixa, como a possibilidade de diminuir a alíquota-base do futuro Imposto sobre o consumo brasileiro, que tende a ser uma das maiores do mundo.

"Outra alternativa seria aliviar os tributos sobre a folha de pagamentos, estimulando assim a formalização de empregos e o crescimento econômico. Usar o Imposto de Renda como instrumento para promover isenção aos mais pobres agrava a distorção de o Brasil depender pouco desse tributo em comparação a outros países, quando o ideal seria utilizá-lo como uma ferramenta de progressividade mais equilibrada, acompanhada de reformas em outras esferas da tributação", acrescenta a entidade.

Bitributação
Segundo análise do CLP, a compensação da ampliação da faixa da isenção do IR com tributação de rendas acima de R$ 50 mil por mês (R$ 600 mil por ano) levanta a questão de bitributação, pois, no Brasil, parte relevante do lucro das empresas já é tributada previamente por meio da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL).

Atualmente, segundo o CLP, a CSLL corresponde a cerca de 7% da receita federal, patamar alinhado a outros países, de modo que o acréscimo de um novo tributo sobre dividendos, sem qualquer compensação na CSLL, agrava a carga tributária sobre a mesma base de incidência.

Para o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, a melhor maneira de analisar a justiça é a tributação efetiva, com alíquotas nominais, combinada das pessoas físicas e jurídicas.

E, segundo ele, estudo do IPEA diz que tributação combinada pra quem ganha mais de R$ 1 milhão no Brasil é de cerca 13% no Brasil, abaixo dos EUA, que é de 30%. "Não estamos falando de um país socialista", declarou.

g1
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O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, disse hoje (27) que os possíveis impactos da medida que ampliou o crédito consignado para celetistas ainda não foram considerados nas projeções da autoridade monetária. A afirmação foi feita durante entrevista para apresentação do Relatório de Política Monetária do primeiro trimestre.

“A gente não considerou ainda, nas nossas projeções, o impacto do consignado privado. Temos visto, desde o lançamento, estimativas variadas de como será o impacto. Há muita dúvida sobre quanto isso representa um fluxo novo de crédito ou uma substituição de dívida antiga por nova, e sobre como isso vai se desdobrar no tempo”, disse.

Criado por medida provisória no último dia 12, o Programa Crédito do Trabalhador na Carteira Digital de Trabalho abrange empregados da iniciativa privada com carteira assinada, incluindo empregados domésticos, trabalhadores rurais e contratados por microempreendedores individuais (MEI).

A medida, segundo o governo, tem o potencial de oferecer crédito menos caro a até 47 milhões de pessoas.

De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, foram registradas 64.718.404 simulações e 8.704.759 pedidos de crédito. Até as 17h desta terça-feira (25), 48.170 pessoas contrataram R$ 340,3 milhões em empréstimos pela nova modalidade de crédito consignado para trabalhadores da iniciativa privada. O valor médio ficou em R$ 7.065,14 por trabalhador, com prazo médio de 21 meses divididos em parcelas de R$ 333,88.

Na avaliação do presidente do BC, a iniciativa tende a responder mais a uma questão estrutural da oferta de crédito, do que uma medida conjuntural, "tendo a ver como uma agenda mais antiga de substituir crédito de alto custo para baixo custo", ressaltou.

Relatório
No documento divulgado nesta quinta-feira, o BC reduziu a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil de 2,1% para 1,9% em 2025. Ainda de acordo com o BC, a projeção de inflação para o ano cai para 5,01%, ainda fora do intervalo da meta.

No documento, o BC cita o forte crescimento da economia em 2024, de 3,4%. Na avaliação do BC, a economia aquecida favorece a alta da inflação, dificultando a convergência para a meta. A inflação acumulada em doze meses, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), aumentou de 4,87% em novembro para 5,06% em fevereiro.

A meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN)do BC é de 3%, podendo varia 1,5% para mais ou menos. O documento diz que as projeções de inflação se mantiveram acima da meta, tornando a “convergência para a meta desafiadora”. O BC sinalizou que só vê a inflação perto da meta no segundo semestre de 2027.

“O BC sabe que, no curto prazo, a gente vai conviver com uma inflação acima da meta”, afirmou Galípolo.

Na semana passada, o BC aumentou a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano.

Em comunicado, o Comitê de Política Monetária (Copom) afirmou que as incertezas externas, principalmente pela política comercial do país, suscitam dúvidas sobre a postura do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano).

Em relação ao Brasil, o texto informa que a economia brasileira está aquecida, apesar de sinais de moderação no crescimento. Em relação às próximas reuniões, o Copom informou que elevará a Selic “em menor magnitude” na reunião de maio

“Você vai estar com uma taxa de juros caminhando para um patamar elevado e com uma inflação rodando acima da meta”, acrescentou o presidente do BC.

Agência Brasil
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Motta diz a aliados que chance de pautar projeto que anistia golpistas do 8 de janeiro é 'zero'Interlocutores do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disseram à GloboNews nesta quinta-feira (27) que, no momento, é "zero" a chance de o parlamentar pautar no plenário da Casa o projeto de anistia a condenados por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

A avaliação foi externada após parlamentares aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) terem reforçado a defesa do projeto, afirmando que o objetivo é aprovar o texto na primeira quinzena de abril. Dirigentes do PL têm buscado o apoio de outros partidos à proposta.

No entanto, de acordo com aliados de Motta, o presidente da Câmara entende que não há motivo para pautar agora o projeto.

Além disso, avalia que, se pautar, sofrerá um desgaste na relação com o presidente Lula (PT), de quem tem se aproximado, inclusive, o acompanhado em viagens ao exterior.

Julgamento no STF
Nesta quarta (26), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade tornar Bolsonaro e mais sete aliados réus por suspeita de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.

Agora, os réus vão responder a uma ação penal, sendo julgados ao final do processo (podem ser condenados ou absolvidos).

Os oito réus foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por crimes como tentativa de golpe, abolição violenta do estado democrático de direito e organização criminosa.

O entendimento de procuradores e de ministros do Supremo é que há relação direta entre a trama golpista que tinha – segundo as investigações – o objetivo de impedir a posse de Lula como presidente e manter Bolsonaro no poder.

Também há ligação do plano golpista com os atos de vandalismo em Brasília em dezembro de 2022, o bloqueio ilegal de estradas por caminhoneiros pelo país após a vitória de Lula, e os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Após a decisão da Primeira Turma, o líder da oposição na Câmara, Zucco (PL-RS), afirmou que a ideia da oposição é articular para a primeira quinzena de abril a votação da proposta que trata da anistia para os condenados por envolvimento no 8 de janeiro.

A ideia de Hugo Motta é fazer uma reunião no próximo dia 1 de abril com parlamentares que apoiam o projeto da anistia. Além disso, no dia 3 de abril, há a previsão de uma reunião de líderes partidários com o presidente da Casa em que o tema também poderá ser discutido.

Governo não vê 'clima' para votar
À GloboNews, o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse que o governo não vê "clima" na Casa para votar a proposta da anistia.

Guimarães diz entender que a Câmara deve se dedicar a pautas que, para ele, têm o interesse do país em sua aprovação.

"Eu acho que não tem clima para votar. É um erro querer levar esse debate agora ao plenário. Interdita o diálogo que está sendo feito com muita articulação entre o presidente da Câmara e os líderes partidários", afirmou.

"O processo não foi concluído no Supremo, não é hora de empurrar isso na pauta, vai complicar, dificultar a discussão de projetos importantes para o país como a isenção do Imposto de Renda [para quem ganha até R$ 5 mil], além de outras pautas", acrescentou.

g1
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma projeção bem mais otimista do que a do Banco Central sobre o crescimento da economia brasileira em 2025.

Enquanto o relatório de política monetária divulgado nesta quinta-feira (27) pelo BC reduziu a estimativa de crescimento do PIB – de 2,1% para 1,9% – para este ano, o petista tem dito que o país crescerá mais do que 2,5%, podendo até repetir 2024 e crescer 3% novamente.

A expectativa do presidente é mais uma demonstração de que o governo Lula e o Banco Central estão caminhando em direções contrárias.

Lula cumpre o seu papel ao tentar gerar uma agenda positiva no país. O problema é quando ele toma medidas que podem prejudicar o trabalho de contenção do crédito adotado pelo BC para reduzir a inflação.

No relatório divulgado nesta quinta, o BC prevê que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar em 5,1% ao final de 2025. A projeção foi elevada em relação à anterior, que era de 4,5%.

O estímulo do governo federal ao crédito consignado a funcionários do setor privado é apontado como uma das medidas que pode atuar em sentido contrário ao defendido pelo BC.

Positiva de um lado, porque reduz os juros para os trabalhadores CLT, de outro, pode ser negativa para a inflação ao jogar mais dinheiro na economia a partir do endividamento das famílias.

Em entrevista durante a divulgação do relatório, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse que a nova medida ainda não foi considerada nos cálculos do BC. Motivo: eles ainda vão esperar os seus efeitos práticos.

  • Se representar aumento do fluxo de crédito na economia, o programa do governo pode exigir do BC uma dose mais forte no aumento dos juros.
  • Se levar mais a uma substituição de dívida velha, com juros mais alto, por uma dívida nova, com juros mais baixos, o efeito não é preocupante.

O governo Lula não ficou apenas nesta medida. Decidiu liberar o saldo do FGTS bloqueado para quem havia feito o saque aniversário. Quando um trabalhador faz essa operação, seu saldo fica retido por dois anos em caso de demissão.

Lula alterou essa regra, o que pode injetar até R$ 12 bilhões na economia. Ou seja, mais dinheiro circulando pode representar mais inflação, o que o Banco Central tem combatido.

O fato é que duas forças contrárias podem se anular. Ou demandar que uma seja mais forte do que a outra para vencer a batalha.

Se o governo seguir insistindo em medidas para estimular o crescimento, pode reduzir o efeito da atual política monetária do BC, que subiu na semana passada a taxa Selic de 13,25% para 14,25% ao ano. Ou então vai exigir juros mais altos para segurar o crédito e a inflação.

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Cinco pessoas, entre elas o suspeito, ficaram feridas em um esfaqueamento na região central de Amsterdã, na Holanda, nesta quinta-feira (27).

O caso ocorreu na rua Sint Nicolaasstraat, perto da praça central Dam, na capital holandesa. Segundo a polícia da cidade, o homem suspeito de ter cometido o crime foi preso.

A identidade dele não foi revelada. No entanto, a polícia confirmou a informação adiantada pela imprensa local de que o agressor foi contido por um cidadão.

"O suspeito foi dominado com a ajuda de um cidadão... Como sua perna estava ferida, ele foi levado para um hospital", disse a polícia em uma publicação na plataforma de mídia social X.

De acordo com a imprensa holandesa, o ataque ocorreu por volta das 15h20 no horário local (11h20 pelo horário de Brasília). Imagens publicadas nas redes sociais mostram um helicóptero de resgate pousando na praça para levar um dos feridos.

Um porta-voz da polícia falou ao jornal "De Telegraaf" que os primeiros relatos do crime chegaram aos agentes como um caso de roubo e que duas das quatro vítimas estão em estado grave.

Testemunhas contaram ao jornal que viram duas mulheres sendo esfaqueadas pelas costas pelo agressor. A funcionária de uma loja relatou que muitos gritos foram ouvidos e, de repente, o pânico se instalou.

O cidadão que ajudou a dominar o suspeito e evitar mais ataques conseguiu contê-lo em uma rua paralela à que ocorreram os esfaqueamentos, Gravenstraat.

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Volodymyr Zelensky chamou as condições impostas pela Rússia para um cessar-fogo de "irrealistas" e disse que o fim das sanções ao país seria um "desastre", em um post nas redes sociais, nesta quinta-feira (27).

O presidente da Ucrânia, que está na França para uma reunião com o presidente Emmanuel Macron e outros aliados, também fez fortes críticas a Vladimir Putin no post.

Horas antes, ele já havia atacado o adversário em uma entrevista ao canal Eurovision News, dizendo que o russo "morrerá em breve".

"A única coisa que Putin tem medo é do seu povo. Se todos os nossos aliados permanecerem tão fortes quanto são, se continuarem a pressionar Putin, a desestabilização de sua sociedade seguirá e é disso que ele tem medo. A segunda coisa que ele teme é a perda de poder. Isso depende da estabilidade da sociedade, mas também da idade dele. Ele morrerá em breve, isso é fato. Tudo vai acabar então", declarou.

Putin tem 72 anos de idade e é o presidente russo que mais tempo ficou no poder.

Em seu post nas redes, após seu encontro com os líderes europeus, Zelensky voltou a afirmar que a Rússia é a única responsável ela guerra e que sua posição é "continuar atacando e atrasar a democracia".

Ao comentar as propostas de paz que estão sendo negociadas com os Estados Unidos pelas delegações ucraniana e russa na Arábia Saudita, Zelensky chamou as condições impostas por Moscou de "irrealistas" e condenou a ideia de diminuir as sanções ao país.

"A Rússia está tentando impor suas próprias condições aos nossos parceiros, mas essas condições são irrealistas. Levantar sanções à Rússia agora seria um desastre para a diplomacia. Sanções são uma das poucas ferramentas reais que o mundo tem para pressionar a Rússia a ter conversas sérias. (...) As sanções devem permanecer em vigor enquanto a agressão e a ocupação continuarem", afirmou.

Ainda de acordo com o ucraniano, a Inteligência da Ucrânia afirma que a Rússia está "se preparando para novas ofensivas" e que está prolongando as negociações e "tentando prender os EUA em discussões intermináveis e inúteis apenas para ganhar tempo e tentar conquistar mais terras".

Após o encontro, Macron também se pronunciou. Anfitrião, ele afirmou que todos os aliados concordaram em continuar apoiando a Ucrânia e seu Exército, e que não é hora de suspender as sanções contra a Rússia. Para o presidente francês, os 230 bilhões de euros em ativos congelados do país podem ser usados ​​para reconstrução futura como parte de um acordo de paz.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse que gostaria de ver um acordo de paz na Ucrânia se desenvolver em questão de dias e semanas, em vez de meses.

g1
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O papa Francisco já tem data para fazer sua primeira aparição pública após sua saída do hospital: será no domingo de Páscoa, dia 20 de abril, anunciou o Vaticano.

O pontífice de 88 anos, que teve alta neste domingo (23) após cinco semanas de internação por causa de uma pneumonia, pronunciará a tradicional bênção "urbi et orbi" na praça de São Pedro.

No comunicado, a Santa Sé confirmou o calendário das celebrações litúrgicas para a Semana Santa, como a Via-Crucis no Coliseu de Roma, mas não revelou quem presidirá os atos. Francisco pode delegar a celebração de missas e cerimônias a cardeais e outros sacerdotes da Igreja.

O serviço de imprensa do Vaticano também afirmou que a presença do papa durante a Semana Santa será decidida de acordo com a evolução de sua saúde "nas próximas semanas" e manteve a data de canonização do beato italiano Carlo Acutis (1991-2006) para 27 de abril, sem confirmar se o papa participará da cerimônia.

Após cinco semanas de hospitalização em Roma, Francisco retornou no domingo ao Vaticano, onde continua sua recuperação de pelo menos dois meses, com terapias de reeducação motora e respiratória, e sem atividades públicas.

A saúde frágil do pontífice, que foi visto debilitado e com voz trêmula ao sair do hospital Gemelli, provocou dúvidas entre os fiéis sobre sua presença nos atos da Páscoa, a festa mais importante do ano para os católicos.

Esta semana, em entrevista a um jornal italiano, o chefe da equipe médica que cuidou do papa revelou que ele esteve à beira da morte em duas ocasiões e que a interrupção do tratamento chegou a ser considerada.

France Presse
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Um submarino que transportava turistas no Egito naufragou nesta quinta-feira (27) durante um passeio pelo mar Vermelho, segundo autoridades locais.

Seis pessoas que estavam dentro da embarcação morreram, segundo autoridades da região onde houve o naufrágio, perto da cidade de Hurghada. Todos eram cidadãos russos, de acordo a Embaixada da Rússia no Egito.

Todos os outros 39 passageiros, também russos, foram resgatados com vida, mas nove ficaram feridos e foram hospitalizados, segundo autoridades locais. As buscas foram encerradas na manhã desta quarta.

O acidente ocorreu a cerca de 1 km da costa de Hurghada, durante um passeio para ver os corais da região.

No total, a embarcação, transportava mais de 40 pessoas, entre elas 15 crianças. O resgate estava em andamento até a última atualização desta reportagem.

"No dia 27 de março por volta das 10:00, a uma distância de 1 km da costa, ocorreu um acidente do batiscafo [um tipo de submarino de exploração] ambulante 'Sindbad', pertencente ao hotel de mesmo nome. O batiscafo realizou uma excursão subaquática regular com inspeção do recife de coral. Além dos membros da tripulação, havia 45 turistas a bordo, incluindo menores. Todos eles são cidadãos russos", disse a embaixada russa em comunicado.

Não havia informações sobre causas ou suspeitas do acidente até a última atualização desta reportagem. A região tem histórico de acidentes, e o mar Vermelho é atualmente palco de conflitos entre os Houthis e os EUA e Israel (leia mais abaixo).

Histórico de acidentes e região em conflito
O submarino estava navegando em uma das praias na área do calçadão turístico da cidade. Até a última atualização desta reportagem, não havia informações sobre causas do naufrágio.

A região tem um histórico de acidentes com embarcações turísticas. Em novembro de 2024, um iate afundou também na costa de Hurghada, deixando quatro pessoas mortas.

E, nos últimos meses, muitas empresas locais diminuíram ou pararam totalmente seus serviços por conta de do conflitos na região do mar Vermelho, onde o grupo extremista Houthis, do Iêmen, tem atacado embarcações comerciais do Ocidente.

A embarcação pertencia à empresa Sinbad Submarine, que faz passeios de barco e submarino pelo mar Vermelho. A região, de acordo com a rede britânica BBC, tem histórico de acidentes com embarcações turísticas.

Um dos únicos submarinos recreativos
A empresa responsável pela embarcação, a Sindbad Submarines, diz que detém dois dos únicos "14 submarinos recreativos reais" do mundo.

A companhia permite que os turistas viajem a até 25 metros de profundidade no mar para explorar os "500 metros de recife de corais e seus habitantes marinhos".

O site da Sindbad Submarines continua: "O submarino oferece 44 assentos para passageiros, dois assentos para pilotos e uma janela de visualização redonda para cada tripulante."

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