O ex-presidente e candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (2) que o atentado contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na noite de quinta (1º) deve servir como um "alerta para o que pode acontecer no Brasil".

Cristina Kirchner foi vítima de uma abordagem com uma pistola na noite desta quinta em Buenos Aires. O agressor, um brasileiro de 35 anos, apontou a arma para o rosto de Kirchner, mas a pistola não disparou.

"Eu acho que o bom-senso indica que a gente tenha que ter isso como um alerta. O bom-senso indica que precisamos ficar alerta com o que pode acontecer no Brasil, porque nós temos visto todo santo dia na imprensa, nós temos lido, visto na televisão, uma insinuação. E quem faz insinuação pode cumprir aquilo que está prometendo", disse Lula.

O candidato do PT não nomeou o autor das "insinuações" citadas na declaração – mas, em seguida, fez críticas ao candidato à reeleição e presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Todos nós que somos políticos temos que estar atentos à violência provocada de quem não sabe viver democraticamente", disse Lula.

As declarações foram dadas durante um evento de campanha em São Luís, em que Lula foi questionado sobre o tema por uma jornalista. Após a entrevista, o candidato ao Planalto participou de um comício em praça pública.

Candidatos comentam atentado
Outros candidatos à Presidência também repercutiram o atentado contra Cristina Kirchner nesta sexta, em eventos de campanha e nas redes sociais.

Presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro disse em evento no Rio Grande do Sul que "lamenta" o ataque contra a vice argentina.

"Eu já mandei uma notinha. Eu lamento. Agora, quando eu levei a facada, teve gente que vibrou por aí. Lamento, já tem gente que quer botar na minha conta já esse problema. E o agressor ali, ainda bem que não sabia mexer com arma. Se soubesse, teria sucesso no intento", declarou.

g1
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