Durante entrega de obra hídrica na Paraíba nesta quinta-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro avaliou que os gastos com a Operação Carro-Pipa, que leva água para comunidades sem rede de abastecimento, será 'insignificante' em pouco tempo.
"Nós vamos deixando na história os carros-pipa, que fizeram seu trabalho e ajudaram no passado, mas tinha muita política em cima disso. Se gasta, ainda, em torno de R$ 1 bilhão com carro-pipa no Nordeste. Creio eu que em pouco tempo o gasto será insignificante", afirmou.
O chefe do Executivo participou de cerimônia de entrega da obra Vertente Litorânea, em Itatuba. O sistema adutor com 130,63 quilômetros de extensão é constituído por 15 segmentos de canais com seção trapezoidal; cinco trechos em sifões invertidos, em tubulações de aço, que cruzam vales de rios e córregos; e sete aquedutos.
A infraestrutura tem por finalidade integrar bacias hidrográficas da Paraíba com as águas do eixo leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco. O objetivo é atender demandas prioritárias do consumo humano e do uso industrial, bem como os projetos de irrigação a serem implementados.
Corrupção
Apesar de ter ex-ministro investigado por suposto esquema de corrupção, Bolsonaro voltou a defender que não há denúncias sobre atos ilegais em seu governo. O presidente disse que ajudará na identificação dos autores para que "a Justiça decida seu destino", caso surjam suspeitas.
"O nosso governo, em três anos e meio, tem concluído muitas obras, que começaram lá atrás, que não foram concluídas por má gestão ou desvio de recursos. O nosso governo, até o momento, não tem apresentado desvio de recursos. O nosso governo, até o momento, não tem denúncias consistentes sobre corrupção", disse.
Um dos casos mais emblemáticos que levantam suspeitas sobre ilegalidades no governo ocorreu recentemente no Ministério da Educação. Em março, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar o suposto esquema de tráfico de influência que envolve o então ministro, Milton Ribeiro, e pastores que frequentam a pasta mas não têm cargo público.
A corporação vai avaliar se os religiosos influenciaram o envio de verba a municípios em troca de propina, se na época ministro da Educação sabia das irregularidades e se colaborou com elas. As diligências estão a cargo do delegado Bruno Caladrini.
Durante reunião no ministério, Ribeiro afirmou que o governo federal prioriza prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados por dois pastores (Gilmar Santos e Arilton Moura). O áudio foi revelado pelo jornal Folha de S.Paulo e traz o ministro dizendo que a solicitação partiu do próprio Bolsonaro.
R7
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